O amor verdadeiro nos liberta. Sempre!

Por vezes, passamos a vida a procurar a tampa da nossa panela (ou do tacho), a outra metade da laranja, o nosso par de chinelo e seja mais lá o que usam para nomear a nossa cara-metade, esperando ansiosamente aquela pessoa que irá nos completar. Mas quem é mesmo o responsável por nos preencher? Há alguém com esse “superpoder”?

Podemos nos envolver em até diversos relacionamentos, nos apaixonamos, entra o modo inicial que tudo é festa, sorrisos e nada de defeitos. Um tempo passa, o convívio aumenta e os problemas surgem, afastando a ideia do amor-perfeito. E seguimos em busca de uma nova ilusão. Ou não!

Começamos tudo de novo, novo processo e tudo se repete. E nos casamos. Ou não!

Casamento pode repetir o mesmo. Tudo depende, de muito. Do outro, de você. Do que quer, do que aceita, de como vê o que cerca. Há o risco de com o tempo, curto ou longo, a tal idealização cai e mais uma vez chegamos à conclusão de que aquela pessoa mudou completamente. Culpamos o outro (ou outra), nos culpamos e corremos o risco de mais uma vez ir embora.

Nem penso só em relação carnal, namoro, casamento, rolo, ou seja lá que nome mais formal posso citar. Digo amor, como todo. Basta ser verdadeiro. Temos a Frozen, diretamente da Disney, que não me deixa mentir. Elsa até se embaralhou e achou que o amor de verdade era um príncipe enganador. Mas foi em tempo de descobrir que o gelo podia ser derretido e o amor verdadeiro que nutria pela irmã, a salvaria em tempo de voltarem a antiga conexão (se não entendeu nada daqui, assista o filme pois vale a pena a lição).

Ou não. Até nos percebermos de que, o que nos cerca, é o que importa. É valorizar um amor puro, livre de interesses ou segundas intenções. É encontrar o que pode estar ao lado e deixamos passar. O ato literal de ignorar. Ignorar que o amor VERDADEIRO é desprendido de qualquer abuso. Não afirmo que é perfeito – não existe perfeição – mas é de verdade. É para somar, para dividir, para repartir, para completar. Ele não nos faz afundar. É boia. É casa. É abrigo!

Idealizar o amor-perfeito só afasta do mundo real. Aceitar que somos todos diferentes e que ninguém pode completar o vazio que procuramos a vida toda é um passo inicial! Partimos do princípio de que o verdadeiro amor existe e é baseado antes de tudo em amar a si próprio primeiro. Você é a pessoa mais importante da sua vida (leia e releia de forma ilimitada).

O amor verdadeiro permite ver o outro exatamente como ele é, normalizando os defeitos, valorizando as qualidades e convivendo em evolução e crescimento. Egoísta seria se tu achasses que perfeito seria. A relação, você ou o outro. Amor de verdade se aceita como imperfeito e se ama mesmo assim. Se prioriza e normaliza que o isso faz parte do convívio, mas afinal: Quem é normal? Tem alguém que seja o ideal? O ideal se faz do sentimento do respeito, da valorização, da proteção, preservação e inclusive, por que não (?!) do tesão. O tesão por si só, mas também por querer o outro ao lado por pura admiração. A vontade de estar do lado e preencher as lacunas que a vida traz.

Não fazer que o outro preencha por ti, mas que dê as dicas para completar todos os tracinhos que a vida te dá! Há coisas que precisam ser preenchidas por nós mesmos, mas com apoio e boas dicas, o preenchimento segue mais seguro e completo. Nos ajuda a aceitar quem realmente somos.

Não há mundos paralelos, nem a ilusão da internet de mundo perfeição. Tenha os pezinhos no chão e se valorize para dar espaço ao amor livre. E leve, sutil, calmante, com problemas e defeitos – mas além de tudo- confiante e sereno. Não nos modifica sob julgamentos ou imposições. Nos fortalece genuinamente, consequência única de ter alguém ao lado que ajuda a subir ao pódio, auxilia nos degraus do dia-a-dia, te impulsiona na vida e caso apareçam os obstáculos, está ali para saltar consigo. Sempre.

É o tal do somar. Somando amor que seguimos em frente, com mais leveza, acolhimento, segurança e gratidão.

O ato de agradecer.  Se és alguém que tem um amor verdadeiro, seja lá quem for, considere-se uma pessoa de grande sorte. Pois não basta “ter”. É preciso reconhecer!

Nota: Esse texto foi escrito seguindo as normas do português do Brasil.

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