Quando ninguém queria acreditar que uma crise mundial começaria no final da década passada e nos primeiros anos desta década, Nouriel Roubini antecipou um cenário pessimista para a economia global. Quando, ainda em 2006, falou sobre isto, excitou o bom humor da plateia duma palestra dada na sede do FMI (Fundo Monetário Internacional), em Washington.
Hoje, tem 55 anos de idade. Nasceu em Istambul, cresceu em Itália até ir fazer o doutoramento em Economia Internacional na Universidade de Harvard. Logo depois, foi um dos nomes presentes em vários organismos hoje bem conhecidos em Portugal, como o FMI, ou o Banco Mundial. Ocupou vários cargos do Tesouro dos EUA, foi economista do Conselho de Assessores Económicos do governo americano, no segundo mandato de Bill Clinton. É economista, consultor de empresas e dá aulas na Universidade de Nova Iorque. Hoje, é um nome obrigatório nos debates económicos.
Para além destes cargos que ocupou e que ainda ocupa, é autor de várias obras, sendo a última Economia da Crise onde divulga os métodos utilizados para a previsão de crise, antes dos outros economistas o fizerem, e mostra como estes métodos são uteis para perceber o presente e preparar o futuro.
Quando perguntado, numa entrevista feita pela revista brasileira a Época, em 2009, sobre as origens das previsões que faz, afirma que a sua experiência e conhecimento histórico, especialmente nas áreas de economia e das crises financeiras em países emergentes, para além do contacto com o mercado financeiro, permite-lhe “montar o quebra-cabeça e perceber que haveria uma severa crise financeira”. Quanto a Portugal, disse, em Setembro deste ano, que o país, se continuar com os chumbos do Tribunal Constitucional, pode ser obrigado a pedir mais um resgate. Por isso, o economista considera fundamental a implementação do corte nas pensões dos trabalhadores do Estado.
Sobre 2014, afirma o site GuruFocus, que o economista disse que, enquanto que, vê a zona euro, como um todo, a crescer, cinco em cada sete países estão em recessão e que a China pode parar de crescer na segunda metade deste ano. Disse ainda que a economia global continuará a recuperar, porém, não de forma uniforme.
Muitas das previsões que fez tornaram-se realidade, por isso, esperamos que neste novo ano, as previsões de Nouriel Roubini sejam positivas tanto para Portugal, como para a Europa e não só.