Da disciplina e da aposta na educação formou-se o gigante nipónico. Constituindo-se como uma monarquia constitucional unitária, desde 1947, o Japão reergueu-se das cinzas, após o rescaldo da II Guerra Mundial, e em poucos anos tornou-se numa das economias mais importantes do mundo. Por vivermos num mundo global, em permanente interacção, o crescimento económico que o Japão tem vindo a abrandar. Se no primeiro semestre de 2012, o crescimento do país nipónico foi impulsionado pela reconstrução das áreas afectadas pelo terramoto de Março de 2011, agora que nos aproximamos do último semestre do ano a retoma parece estar a “estagnar”, sendo que, as previsões da OCDE apontam para um crescimento de 0,75% ao ano em 2013.
Para além do crescimento revisto em baixa, este organismo internacional prevê que o aumento dos impostos sobre o consumo afecte o consumo privado e comprometa a consolidação orçamental, provocando uma subida nas taxas de juro a longo prazo. Porém, o tecido empresarial da “terra do sol nascente”, que fez deste país a terceira economia mundial, continua a dinamizar a economia e a apostar, cada vez mais, na expansão para o estrangeiro.
Embora tenha passado despercebido por muitas publicações financeiras mundiais, algumas gigantes japonesas executaram negócios e futuros investimentos
, ao fazerem a aquisição de empresas rivais (como é o caso da Glory, empresa que fabrica máquinas, que adquiriu a britânica Talaris Topco), que demonstra que a actual conjuntura não vai refrear os planos de expansão das grandes corporações e do próprio aparelho político, que acabou de anunciar um novo pacote de estímulo da economia, antes das eleições antecipadas de Dezembro, injectando cerca de 8,2 mil milhões de euros.
Quando a retoma, a nível mundial, iniciar-se a nação nipónica não vai ficar para trás. Investir para no futuro colher é um princípio que está intrinsecamente ligado ao povo japonês, explicito nas políticas de incentivo à actividade industrial e na inteligente estratégia de importações e exportações que permite ao Japão, país com poucos recursos naturais para suster o nível de desenvolvimento, obter as matérias-primas necessárias para exportar para o resto do mundo.
A aposta em actividades industriais que explorem a tecnologia e permitam a inovação são traços que definem esta nação e continuarão a fazer do Japão umas das grandes potências da sociedade contemporânea.