A liberdade, ainda que preciosa, tem muito que se lhe diga. O que vestir ou não vestir, é o primeiro dilema que enfrentamos no começo do dia. O que conjugar, que sapatos vou usar, está sol ou chuva, tudo isso influencia a forma como saímos de casa, mas nos dias que correm esses factores não parecem contar muito. Faça sol ou chuva, quanto menos roupa tiver no corpo ainda melhor, pelo menos este parece ser o pensamento dos jovens adolescentes que andam por aí naquilo que já nem se pode chamar roupa.
Quando andava no secundário, a escola (de cariz católico) instituiu um código de vestuário em que nem chinelos podíamos levar para o recinto escolar (ponto que continua a ser um exagero). Na altura, o protesto e a indignação falaram mais alto e durante uns meses todas as minhas conversas começavam com o tópico do código de vestuário e da minha absoluta discordância relativamente a esta questão. Agora, olhando para trás talvez eles tivessem alguma razão, ainda que, as medidas e os tamanhos da altura não fossem tão reduzidos (para não dizer inexistentes) como hoje, é preciso ter uma certa postura consoante o local em que estamos.
As escolas partilham com os pais a missão de educar e formar os adultos de amanhã, por isso, um código de vestuário que ensine desde cedo como uma pessoa se deve vestir para cada situação é determinante para quando estes jovens entrarem no mercado do trabalho, pois uma coisa é certa boxers à mostra ou vestidos que mal tapam aquilo que deve estar tapado não é a imagem ideal para uma entrevista de emprego.
Com isto tudo, quero deixar claro que não sou contra calções, vestidos acima do joelho ou qualquer outro tipo de vestuário que mostre um bocado de pele, pois até os uso com alguma frequência. No entanto, há um espaço, um local e as medidas certas para tudo e a escola não é o sítio indicado para se usar um calção que mais parece uma parte de baixo de um biquíni.