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A Multidão das minhas Emoções

É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão.

– Cesare Paves

A possibilidade de verbalizar o que nos vai na alma por via da escrita, deixando que da nossa mente se desfiem os pensamentos, que pelas pontas dos dedos se transformam em palavras, e que se transferem para a folha de papel em branco, é a magia a acontecer.

Escrever é permitir que as palavras e emoções que afloram do nosso pensamento se transformem em vida nova, em histórias fantásticas ou aventuras maravilhosas.

A escrita pode também ser utilizada para comunicar com o mundo, de modo a permitir que o fio de palavras que refletem o que nos vai na alma e no coração, simplesmente promova momentos de partilha, e de harmonia com quem lê as nossas palavras.

Vivemos num mundo excessivamente violento e acelerado, temos necessidade de encontrar espaço para a paz nas nossas vidas, permitir-nos momentos de reflexão e de tranquilidade, onde simplesmente estamos, sem mais nem porquê…

Quer se escrevam textos que nos entretém, ou que nos ensinam, que ajudem a refletir ou a ver determinados temas sob outra perspectiva, ou mesmo artigos humorísticos que permitem ver o lado mais lúdico da vida, a escrita transporta-nos e conduz quem nos lê a um patamar diferente, é quase uma realidade paralela.

Muitas vezes acontece-me escrever simplesmente na esperança de que o que componho seja lido por alguém, ou ainda melhor, que essa escrita acrescente valor a alguém, se isso acontecer, é um gosto que se realiza para quem aprecia escrever.

Porém, nem sempre podemos ou devemos escrever sobre o que nos vai na alma, por variadas razões, nomeadamente porque pode ser muito pessoal, pode ser desinteressante ou então, porque simplesmente não deve ser partilhado.

E escrever é, em meu entendimento, uma partilha de estados de alma, de experiências de vida, ou apenas pensamentos soltos, que se libertam como um balão deslaçado ao vento sem qualquer intencionalidade ou objetivo.

Há dias em que apetece virar tudo ao contrário, e dizer ao mundo tudo o que vai cá dentro, as revoltas, as angústias, os sofrimentos, as falsidades… sem um pingo de censura ou receio em transmitir o que vai no âmago do ser.

No entanto, depois penso, já todos temos tantas cargas negativas que nos assolam, tantas preocupações e problemas que nos afastam da beleza da vida, então que aquilo que eu escrevo e partilho com o universo sirva no mínimo, para que quem me lê, pelo menos durante uns breves instantes se abstraia, e consiga estar em harmoniosa sintonia comigo e com o que eu escrevi, num espaço apenas nosso.

O ato de escrever pode ainda ser um ato solitário, em que escrevo apenas para mim, quase em modo de introspeção, registando o que acontece no íntimo do meu ser num momento de privacidade espiritual, que por vezes até permite ostracizar alguns fantasmas, que teimam em permanecer por perto, ensombrando os dias e dificultando a possibilidade de uma existência completamente feliz.

Escrever é também brincar com as palavras, promover enredos em torno do espírito do bem e de uma tranquilidade que permita uma existência pura, potenciada por uma energia luminosa que propague o ânimo na humanidade, e na ideia de que ainda é possível fazer melhor.

Deixemos que o sol brilhe nas nossas vidas, ilumine os nossos dias e que ternamente continue a ser a luz do universo.

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