Não tenho a noção de o mundo ser tão feio como isso: as pessoas funcionam individualmente sem grandes problemas. Sem ligar muito aos Outros, viu-se com o COVID como podemos ser melhores se e quando necessário. Estamos todos na mesma roda da vida a tentar melhorar o horizonte que temos pela frente e vemos.
Todos temos a responsabilidade de ser melhores. Temos a obrigação, privilégio, por vezes, infelicidade, outras vezes, de viver juntos em sociedade, socialmente, e isto implica adaptações a todo o tempo. Se cada um pode ter os seus próprios humores, ser melhores como todo. É o outro, a sociedade que nos exige isso. Desculpa, eu devo exigir o teu melhor para que tu também exijas o meu melhor. É a regra para vivermos bem socialmente, porque queremos ser melhores na totalidade, socialmente, certo?
Gerar alegria e boa disposição. Nestas coisas dos sentimentos interpessoais há contágios. Devemos fazer, porque a felicidade cresça à nossa volta; não devemos ser pateta-alegres. Devemos, ou não, estar sempre felizes com razão. Há muitas formas de ser alegres com inteligência. A felicidade, se é alheia, devemos respeitar. A infelicidade alheia é que deve fazer-nos mal. Se alguém ao meu lado não está bem, não é possível dar pulos de contente. Há algum moralismo nesta questão da felicidade social. E o individual não deve opor-se ao conjunto. Devemos procurar elevar o todo social. Ser feliz é quase impróprio. Ninguém diz estou feliz e dá pulos de contentamento.
Pareço beato, mas a questão social é a mãe de todas as igrejas.