Os que não têm medo de falhar!

Na área profissional, quero sempre fazer o que ainda não fiz, quero sair da área de conforto, quero sempre sentir-me desafiada, tentar algo novo, fazer diferente.

Estes objetivos traduzem-se em esforço contínuo. Ando sempre à procura de algo. Tenho uma ânsia de fazer, de criar e de construir. Colaborar com o RS é um exemplo. Há cerca de um ano entendi que queria fazer algo diferente no meu gosto pela escrita, e agora quando tenho datas de entrega a vencer e eu sem inspiração, entro em esforço para cumprir o compromisso.

Explicar esta tendência aos outros é também um desafio. As pessoas da minha idade e mais velhas não entendem que eu prefiro um trabalho precário, incerto, a algo seguro, que porventura até faço bem e em que dizem que sou competente. Os mais novos, na grande maioria, não entendem que eu me exija e me ponha constantemente à prova. Que esteja em esforço, e que mais que o retorno financeiro que obtenho, que me interesse saber se sou capaz.

Se antigamente se procurava um emprego para toda a vida, se vestia a camisola da organização em que estávamos inseridos, e se a empresa era uma outra família, hoje os empregos são pontuais e voláteis. A facilidade de mobilidade física e as novas tecnologias, criaram mais do que oferta, uma abrangência de divulgação de novas oportunidades.

Quando me perguntam se eu pudesse escolher algo para fazer o resto da vida sem me preocupar com rendimentos nem contas para pagar, respondo sem qualquer hesitação:

– Escrever!

E agora aproveito para esclarecer alguns que, não enriqueci com direitos de autor! E que dificilmente alguém vive só da escrita! (nem os nomes mais sonantes da literatura e muito menos eu).

Quando me perguntam o que gosto de fazer, que me permita pagar as contas?

Gosto de fazer aquilo na qual tenho mais experiência, mas de uma forma enquadrada e com âmbitos novos, e onde a minha opinião é tida em consideração. Gosto de trabalhar onde acrescento valor. Onde a minha experiência e curiosidade são uma mais valia. Onde não gero egos. As organizações sobrevivem viciadas. Já todos sabem tudo, já fizeram ou viram fazer, mas quando na hora da verdade se executa ou se questiona, tudo se desvanece e os “espertos” desaparecem entre 1000 afazeres. É aqui que os como eu fazem a diferença. Os que não têm medo de falhar.

Se és um dos que anseia mais que o salário ao fim do mês, a “palmadinha” nas costas, a fotografia bonita para partilhar nas redes sociais, ou o nome para acrescentar no CV, para ti nunca haverá uma carreira para a vida toda, haverão projetos, desafios e fases da vida em que te sentirás mais completo. Mudarás as vezes que forem precisas, abdicarás de oportunidades e ambicionarás outras.

Poderás falhar, mas tentarás sempre.

Eu por agora, desafio-me a escrever um romance.

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