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O mundo tem bem mais do que 7 vidas

Se os gatos se achavam detentores do maior número de vidas, o planeta Terra bem que lhes roubou o título, de tantas vezes que já esteve para morrer. Hipólito de Roma foi o primeiro responsável por tentar matá-lo, ao fazer a profecia de que em 500 d.C., Cristo regressaria à Terra e com ele traria o Apocalipse. A Terra continuou viva e Hipólito de Roma, morto, devido às suas profecias.

Mais tarde, com a aproximação do ano 1000, o Papa Silvestre instalou o pânico, quando previu o fim do mundo a 1 de Janeiro. Porém, não foi o único Papa a prever que o mundo iria acabar. O Papa Inocêncio III, possuidor de um ódio profundo ao Islão, proferiu ser em 1284, porque este ano era o resultado da soma do número da besta (666), com o ano em que o Islão foi fundado (618).

Já em 1524, o astrónomo Johannes Stoffler acreditava que o alinhamento planetário com a constelação de Peixes resultaria em cheias devastadoras. Vários panfletos foram distribuídos, em tom de aviso, o que suscitou o pânico geral e algumas pessoas chegaram mesmo a abandonar as suas casas. Em 1666, na presença do número da besta, escusado será dizer que existiu a previsão de outras catástrofes. Ironia do destino, este ano marcou também o Grande Incêndio de Londres e o reaparecimento da Peste Negra. Apesar da coincidência, estes episódios foram suficientes para aterrorizar os supersticiosos e até convenceram os mais sépticos de que o fim estava realmente próximo.

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1000 anos depois, chegada a passagem para o ano 2000, claro está que emergiram vozes a prever um alinhamento planetário, ou possíveis meteoritos, que acabassem com a Terra, tal como a conhecemos. Em 2012, o fim esteve a cargo do calendário Maia, através do “Aparecimento do planeta Nabiru”, ou da “colisão com um asteroide”, ou da “explosão de um super-vulcão”. As hipóteses eram várias, na esperança de reduzir a probabilidade de falhar.

O mundo tem-nos desiludido e permanece vivo. Não se percebe bem porque nos auto-infligimos com este tipo de pensamentos e mitos, enquanto, durante a nossa estadia pela Terra, tudo fazemos para a destruir. Apesar das mentes serem vanguardistas e os tempos modernos, haverá sempre algo de completamente crente e, ao mesmo tempo, irracional. Pensar num final infeliz que nos escapa do controlo nem chega a ser pessimista, é quase como um antever da tristeza, como uma precaução de um dia que, até agora, nunca chegou, mas, caso a coisa se dê, ao menos estamos preparados. O fim chegará, porque ninguém vive para sempre. E mesmo que fossemos imortais, o mais certo seria chegar ao ano 3000 e encontrar outra profecia milenar, que contaria acabar com a humanidade.

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