O modo de vida que acabou

Entre crises sociais, económicas, políticas, geográficas, finalizamos com a demográfica. O governo viveu e vive a luta constante pelo melhor estilo de vida. Aposta na saúde, educação, formação de cada um, e nas condições de trabalho. Para agora, vivermos com um índice de renovação de gerações de 2.1 e com número médio de filhos de 1.38.

Nos anos 60, fomos dos países da Europa com maior taxa de natalidade, atualmente somos o 24º.

O Serviço Nacional de Saúde, que António Arnaut implementou, resultou num país com uma elevada esperança média de vida, mas com casais sem quererem ser pais. Os objetivos dos jovens mudaram. Prolongam estudos, lutam por elevados cargos nas empresas e não querem colocar carreiras em segundo lugar para serem pais.

Aos poucos, voltam as poupanças de baixo do colchão ou Planos Reforma Poupança, a prioridade é sempre a mesma. Daqui a uns anos, teremos um pensionista que não é pensionista. É apenas um reformado que poupou e vive sem usufruir dos descontos que fez.

Os objetivos mudaram. Já não queremos 8 filhos, 10 netos e ser bisavós com 50 anos. Vivemos num Inverno Demográfico com uma reduzida taxa de natalidade e cada vez mais idosos. Sem esquecer, as terras do interior abandonadas, que para não serem apenas paisagens e pontos turísticos de poucas horas, o Estado tenta implementar constantes incentivos monetários, em vão.

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