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Livros para as Férias – da GUERRA & PAZ…

Aproximando-nos das chamadas «férias grandes», para a maioria das pessoas – ou já estando nelas –, deixo aqui algumas recomendações literárias para esta época, sempre considerada muito propícia para mais e renovadas leituras, com mais tempo, descanso e prazer pelas mesmas. E estas sugestões não se tratam apenas de novidades editoriais, mas de livros intemporais, que valem a pena ser lidos e relidos…

Nesta quinta crónica literária, revisitamos alguns títulos da GUERRA & PAZ EDITORES.

Conversando com o Inimigo, de Henrique Cymerman

Esta 4.ª edição é atualizada, com referência ao massacre de 7 de outubro, pelo Hamas, considerando o autor portuense ser esse “a maior chacina do povo judeu desde o Holocausto”. A obra exorta-nos a pensarmos na paz em Gaza: a sua população “tem direito a uma vida melhor”. Cymerman – declarado como «anjo da paz» pelo Papa Francisco – conta aqui, também, as suas raízes, a sua história, que se cruza com a história atual entre Palestina e Israel, desde que foi viver para Telavive há muitos anos e se mantém como jornalista correspondente. Apresenta, aqui, mais de 60 estórias – umas bem impactantes! – divididas em cinco partes. Um livro com 236 pp.

Esperança e Medo, de Isaiah Berlin

Dois conceitos de Liberdade. Nesta obra, o autor tenta responder a questões como: “Por que é que eu devo obedecer a outrem? Por que é que não hei de viver como quero? Se eu desobedecer, posso ser coagido?”, entre outras. E apresenta quatro capítulos para tal, assim constituídos: ideias políticas no século XX; dois conceitos de liberdade (as noções de liberdade negativa e positiva, a retirada para a cidadela interior, autorrealização, o templo de Sarasto, a procura de estatuto, liberdade e soberania, o um e os muitos); da esperança e do medo libertador; e liberdade. Um livro com 199 pp.

O Tempo que Passa, de Andrea Köhler

Um ensaio sobre a Espera. “Quem estiver com pressa veio ao engano”. A autora desenvolve a sua temática principal ao longo de seis capítulos. São eles: um genuíno pedaço de angústia; o tempo sentido; o hesitar antes do nascimento; horizontes de expetativas; a hora hesitante, o vagar; e da trégua todas as noites negociadas com o tempo. E conforme inicia o prefácio, “esperar é uma desconsideração. E, no entanto, é a única coisa que nos faz sentir os dentes afiados do tempo”. Um livro com 127 pp.

O que Escreveram os Autores, de V.A.

Esta obra, apoiada pela SPA – Sociedade Portuguesa de Autores, é prefaciada por José Jorge Letria. Nela se expõem artigos de grandes nomes da cultura portuguesa, a par de notas biográficas sobre os mesmos. A saber: António Lopes Ribeiro, Aquilino Ribeiro, Augusto de Castro, Carlos Selvagem, Costa Ferreira, Félix Bermudes, Ferreira de Castro, Gustavo de Matos Sequeira, Hernâni Cidade, João de Freitas Branco, Joaquim Paço d’Arcos, Joly Braga Santos, José Galhardo, José Régio, José Rodrigues Miguéis, Júlio Dantas, Leitão de Barros, Luís de Oliveira Guimarães, Manuela de Azevedo, Maria da Graça Freire, Mário Domingues, Miguel Torga, Natália Correia, Natércia Freire, Norberto Lopes, Odette de Saint-Maurice, Oliva Guerra e Rosa Lobato Faria. Um livro com 244 pp.

Primeira Pessoa do Singular, de Ana Araújo

Nesta obra, também apoiada pela SPA, é apresentado um conjunto de 12 entrevistas com autores/escritores, realizadas pela própria Ana Araújo, que configura um esquema comum em todas elas, através de um guião com dez perguntas iguais. As figuras entrevistadas, e aqui publicadas, foram: Abel Neves, Adília Lopes, Almeida Faria, Ana Luísa Amaral, Fernando Echevarría, Hélia Correia, Jorge Palma, Lídia Jorge, Luísa Costa Gomes, Mário de Carvalho, Nuno Júdice e Teolinda Gersão. Um livro com 126 pp.

Beleza. Uma muito breve Introdução, de Roger Scruton

Com tradução de Carlos Marques, o autor faz por responder a estas questões: “Será a beleza subjetiva? Como poderemos julgá-la quando os nossos gostos diferem tanto? Poderá a beleza ser perturbadora? Será sempre inspiradora? O que torna uma pintura, uma sinfonia ou paisagem belas?”. E desenvolve, nesta publicação, sobre: julgar a beleza; as belezas humana, natural, do quotidiano e artística; gosto e ordem; arte e eros; fuga à beleza; e pensamentos finais. A acompanhar os textos encontram-se, espalhados pela obra, 26 pinturas clássicas (a preto e branco) de célebres autores, reforçando o sentido estético da beleza. Um livro com 214 pp.

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