Em diversos momentos da história da humanidade, pode-se observar a divulgação de informações falsas tidas como verdadeiras. Informações essas que manipulavam as pessoas que as recebiam a ter uma opinião errada, formatada como correcta, por serem divulgadas por pessoas que se julgavam íntegras e fora de qualquer suspeita.
Certas notícias alteraram o rumo da história, fazendo jus à desinformação existente, fazendo pender a razão e os factos acontecidos para o lado de quem escrevia a história, em detrimento do outro, sem verificação dos factos ocorridos.
Este fenómeno, conhecido como “Fake News”, tem crescido vertiginosamente, após a popularização da Internet e das redes sociais, mas não só. Jornais, revistas, telejornais e documentários de televisão também começaram a divulgar notícias falsas sem verificação de fontes, ligando mais às audiências e vendas de artigos sensacionalistas do que em apurar os factos.
Com um grande número de utilizadores, as aplicações de mensagens instantâneas são os principais responsáveis pela distribuição de conteúdos falsos. Todas estas notícias são criadas com o intuito, de quem as publica ou manda publicar, de obter vantagens políticas ou financeiras, muitas vezes com manchetes sensacionalistas, exageradas e atraentes, e espalhando assim a “verdade” pretendida.
As “Fake News” tornaram-se virais com o poder de partilha das redes sociais. Desta forma, não são apenas as figuras mais proeminentes da nossa sociedade que se podem tornar vítimas, mas, sim, qualquer um que se arrisca a qualquer momento fazer parte deste movimento de massas, tornando nefasta a sua vida, com calúnias e boatos que podem provocar o desabamento da sua vida pessoal e profissional. As falsas notícias destroem reputações, promovem a destruição de carreiras e marcas, ferem direitos humanos e sociais, estigmatizando países e marginalizam povos, etnias, raças, géneros, classes sociais e comunidades.
O impacto destas partilhas pode ser devastador, ao criarem na população pontos de vista dispares em relação ao que a realidade e a ciência têm comprovado, fazendo pender a opinião publica para a desinformação e posterior indiferença sobre certos assuntos da nossa sociedade. O que tem aumentado a descrença da sociedade nas instituições, na ciência, nos professores catedráticos, na democracia e na cidadania.
Qualquer texto tem uma intenção. Todos os autores têm um propósito inicial de produzir algo. Assim, é essencial saber qual o objectivo do autor, do veículo no qual a notícia aparece e quais as suas intensões. É fundamental saber filtrar as mensagens recebidas, analisando com calma todas as fontes, perceber a que o conteúdo se propõe, ver se existem links para apoiar as ideias do texto e descobrir quem escreveu o artigo. Desta forma, pode-se minimizar os problemas que as “Fake News” podem vir a causar.
O conhecimento está no auge de tudo, mas o conhecimento contraditório assente em informação não sustentada com o conhecimento científico. Vamos lutar por um mundo verdadeiro, obrigando as redes sociais a terem cuidado e confirmar as fontes existentes, não partilhando as notícias só por que são atraentes e acabando com os cliques e as partilhas desmedidas, podemos obrigar a quem difunde noticias falsas a parar para pensar.
Temos de lutar por uma sociedade verdadeira e não de fachada.
Só assim teremos um mundo melhor.