Seria mais simples se desse para desligar e voltar a ligar o planeta. Se pudéssemos clicar numa tecla e restaurar uma Terra limpa, estável e sustentável. Até ver, não é possível.
Vários são os apelos para salvar o planeta. Dos telejornais a conferências internacionais, passando por documentários e manifestações, os alertas para salvar a Terra estão muito presentes no nosso dia a dia. O nível de poluição que existe, os fenómenos atmosféricos extremos e todas as espécies de animais extintas convidam-nos a uma reflexão sobre a necessidade de salvar o planeta.
Mas, no fundo, não é o planeta que precisa de ser salvo. Somos nós.
Ao longo dos seus milhares de milhões de anos, a Terra já passou por várias catástrofes e renascimentos. Já assistiu a extinções em massa. Já viu a transformação de oceanos, continentes e espécies. E continua aqui. Sobreviveu a tudo isso e sobreviverá novamente. O que está em causa é a sobrevivência da nossa civilização. E essa tomada de consciência pode ser essencial numa sociedade cada vez mais centrada no seu próprio umbigo.
E será que ainda podemos ser salvos? O tempo é curto. Precisamos agir. Em vez de pensar em salvar o planeta como se fosse algo externo, temos de nos focar em alterar a nossa forma de viver nele. E, para isso, é preciso agir a vários níveis: individual, comunitário, empresarial e governamental.
Educar comunidades, implementar leis ambientais mais firmes, regulamentar e fiscalizar emissões industriais podem ser desafiantes para a pessoa singular.
No entanto, algumas medidas eficazes e realistas estão ao alcance de qualquer um. Para além da reciclagem e gestão de resíduos cada vez melhor implementada, atitudes pessoais como optar por produtos locais, desligar luzes e aparelhos quando não estão em uso e promover meios de transporte sustentáveis podem fazer a diferença.
É através da consciencialização e exemplo que começa a verdadeira mudança. O futuro depende das nossas escolhas diárias.
”Grandes coisas são feitas por uma série de pequenas coisas reunidas.”
Vincent Van Gogh
Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do Novo Acordo Ortográfico.