Todos temos bases. A família é a primeira de todas. Dizemos as primeiras palavras na tentativa de imitar as dos nossos familiares. Damos os primeiros passos porque eles nos ensinam, com uma paciência infinita, a caminhar. As primeiras vitórias que alcançamos são a pensar, também, nessa família que nos ama e que sabemos que ficará mais orgulhosa do que nós. A família sempre foi uma das minhas bases. Não a família toda, nem um número significativo de pessoas, mas o número suficiente para me sentir segura. Os meus pais e os meus avós maternos são os grandes pilares da minha educação, dos meus valores e da minha forma de estar na vida.
No entanto, não é só de família que as bases são feitas. As minhas bases são também constituídas pelos valores que me foram incutidos não só pela minha família ou pelas pessoas que tomo como modelos, mas também – e principalmente – pela vida.
Ao longo da nossa caminhada pelas estradas da vida, somos confrontados com experiências, pessoas e obstáculos que nos ajudam a conhecer melhor a nossa própria personalidade e a entender aquilo de que somos feitos. Os nossos valores são fundamentais nesses momentos, porque é por eles que nos regemos quando precisamos de superar uma experiência, contornar um obstáculo ou reagir perante uma situação. E partir dessas experiências adquirimos, também, os novos valores.
Somos aquilo que os nossos valores fazem de nós. As nossas bases – família e valores – estão presentes em cada passo que damos, em cada decisão que tomamos e em cada reacção que adoptamos. Ser humano e ter valores são coisas tão intrínsecas, que nenhum ser humano consegue passar por esta vida desprovido desses mesmos valores. E o que nos distingue é, sem dúvida, os valores que temos e a forma como os colocamos em prática em cada coisa que fazemos.
