Ano novo, the same all shit!
O COVID por cá continua, onde já tem umas quantas variantes cujos nomes não me recordo e nem me vou dar ao trabalho de “googlar”.
Se o papão invisível continua, obviamente que medidas e mais medidas se implementam, mas, olhando para um passado não muito longínquo, haveria necessidade de limitar deslocações, salvo se devidamente e legalmente justificada? Recordo que algumas pessoas circulavam para ir aos postos de combustível para irem comprar tabaco e, claro, estava permitido. Então e a prática do desporto, vulgo de caminhada higiénica? Nunca em Portugal se viu tanto atleta na rua ou cão a ser puxado por uma trela.
Tenho uma vaga ideia de que até nessa altura mais pessoas se começaram a preocupar com entes queridos que residiam do outro lado da cidade ou concelho. Realmente, a pandemia trouxe coisas magnificas, nomeadamente a empatia, a ajuda do próximo.
Malta confinada dias atrás de dias, estabelecimentos encerrados, negócios arruinados e pessoas sem saber o que fazer à sua vida, mas depois existiu e existe o outro lado da moeda. Sempre houve encontros de amigos, copos, festas e manifestações. Espera, manifestações está previsto na lei que autorizam a sua realização.
Neste novo ano, uma das medidas implementas faz-me questionar, como tantas outras já o fizeram no passado. Na escola, uma criança que tenha contacto com um caso positivo, continua a ir à escola, não ficando em isolamento, pois a criança só fica em isolamento, caso o contacto positivo seja dentro do seio familiar.
Ou seja, a Maria vai à escola e contacta com um positivo, mas, como a turma não entra em isolamento, faz a sua rotina diária, escola–casa–escola. Uns dias depois, a mãe da Maria testa positivo e, fica a pergunta, como contraiu a mãe de Maria o vírus? Não se sabe se foi com a Maria, fica a menina em isolamento? A mãe da petiz por acaso já levou o reforço há mais de 14 dias, vai trabalhar? Fica em casa? As duvidas pairam no ar com tudo isto e mais aquilo.
Entre esta e outras tantas duvidas que tenho, existe outra que me faz uma tremenda confusão desde o inicio desta treta. Nos transportes públicos, as pessoas formam um aglomerado em cima da porta para entrar no comboio. Ali a respirar, a roçar, a sei lá mais o quê, em cima umas das outras, mas (existe sempre um mas), quando sobem as escadas ou descem, evitam a pega de metal como se de algo abominável se tratasse. Imaginem o que é a porta se mexer (capaz de a pega da porta morder alguém).
Existem coisas que não estão para ser compreendidas.