Decorria com enorme civismo e tranquilidade, dizia o Sr. Primeiro-Ministro, António Costa, quando fora abordado pela comunicação social com o tema “greve dos motoristas de matérias perigosas.”
Realmente, o que mais se constatou na nossa sociedade foi civismo. Tirando algumas situações espontâneas, 575 postos de combustível com a ruptura de stock de gasolina e mais de 8 centenas sem gasóleo… foi coisa pouca.
Os confrontos em Almada também refletem o civismo e tranquilidade que a nossa sociedade transmite, aquando existe a possibilidade de Portugal ir enfrentar uma greve de condutores de matérias perigosas.
Pois, é que ainda não se havia chegado à data em que poderia ser iniciada a acima mencionada, já os condutores revelavam e praticavam o seu mais elevado civismo, dentro de uma enorme tranquilidade, aplicando ainda alguns golpes físicos.
Será que o Sr. Primeiro-Ministro, António Costa, se referia ao civismo e tranquilidade por parte dos motoristas privados, quando alguns membros do governo se deslocavam para abastecer os seus veículos de “trabalho”?
Foram ainda felicitados todos os membros que colocaram em prática, na forma teórica da coisa, o plano de quem e como iriam minimizar o estado dos depósitos de combustível nos postos de abastecimento espalhados por todo o continente português.
Sem observar ao esforço físico, os elementos das forças de segurança conduziram os veículos e garantiram os serviços mínimos, enquanto membros de sindicatos (entre outros) discutiram os seus direitos. No entanto, nem tudo são más notícias, pois a economia nesses dias aumentou e a venda de jerricans atingiu níveis históricos.
Será que na próxima greve dos enfermeiros, os elementos das forças de segurança vão “picar o dedo” para entrar ao serviço nos hospitais?
Aguardo ansiosamente para ver o que vai acontecer na próxima greve de outro qualquer sector.