Barquinha e seu castelo

Adoro castelos! Fazem lembrar-me os contos de fadas. As princesas, os príncipes, o povo… Quando visito castelos, consigo viajar no tempo e imaginar. Imaginar o que seria viver numa outra época. Imaginar que por ali já passaram pessoas que tiveram as suas histórias, as suas vivências e ali ficaram memórias. Ali existiu vida.

Claro está que pensar em castelos é também pensar em cenas românticas. Da princesa que esperava o seu príncipe e que, independentemente dos percalços, ficaram juntos num “Felizes para Sempre”. E porque não pensar assim? Imaginar que o “Felizes para Sempre” foi vivido e que é possível. Pensar em castelos não têm necessariamente que cruzar somente com uma visão de guerras, mortos e sangue derramado. Acredito na versão de lutas travadas em torno de coragem e bravura. De proteção e de juntos fazerem a diferença em prol de uma missão.

O castelo de Almourol, no concelho de Vila Nova da Barquinha, permitiu-me isso. Viajar nele. Reza uma das lendas deste castelo que nas noites de S. João, o casal, um jovem mouro e a filha de D. Ramiro, pode ser visto abraçado no alto da torre de menagem.

É possível fazer um pequeno passeio de barco até ao castelo. A vista do alto do Castelo é fenomenal. Conseguimos ver o Tejo e uma paisagem lindíssima. Transmite serenidade. Afinal de contas, ali perto não existe grande agitação. Tem um pequeno café com esplanada, onde podemos petiscar e relaxar.

Vila Nova da Barquinha, pertencente ao distrito de Santarém, em pleno Verão, a palavra de ordem era tranquilidade. Em pleno centro e com um calor intenso, podíamos ver pessoas a relaxar em jardins junto ao Tejo. Assim uma espécie de lugar em segredo. O barulho era somente o da brisa quente nas folhas das árvores.

No centro, o almoço foi na Tasquinha da Adélia. E que almoço! Tão bom. Bem servido e muito gostoso. Quem não é da zona, ou não conhece, passa ao lado da possibilidade de comer bem. O espaço, não muito grande, é acolhedor. As pessoas simpáticas. E a comida, que conseguimos ver a ser confecionada, fala por si.

Numa viagem rápida, chegamos até Constância, onde o centro é sossegado e muito bonito. O branco é a palavra de ordem. Junto ao Tejo, é possível fazer piqueniques, relaxar, estar em família e mergulhar para refrescar. Passear por ali é estar afastado de grandes confusões, barulhos e multidões. É desfrutar da natureza e da calma, tantas vezes necessária para recarregar baterias.

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