Diz a sabedoria popular que “Quando Deus fecha uma porta, abre uma janela” e em tempos de crise, como a que se vive hoje, a sabedoria popular não podia estar mais certa. Do outro lado dos números do desemprego, de famílias inteiras que ficaram sem rendimento surge a imaginação, a criatividade e o famoso “desenrasca” à português. Novos negócios, novas ideias, novos conceitos surgem, todos os dias, de recém-licenciados, desempregados de longa data ou jovens estudantes empreendedores que tomaram as rédeas do seu destino e se tornaram patrões de si mesmos.
Lojas online de roupa, hamburgarias com um novo conceito, produtos cosméticos biológicos, artesanato e bijuteria são apenas algumas das ideias que ganharam forma e que compõem o novo universo empresarial português. Da crise surgiu a oportunidade de criar o seu próprio negócio e algumas ideias vingam e tornam-se fórmulas de sucesso. Porém, antes do conceito se tornar realidade a questão em que todos esbarram é onde obter o financiamento para investir na criação de um novo negócio?
Ao aceder ao portal da empresa, uma plataforma online, criada pela Administração Pública, que permite a interacção entre empresas e o aparelho do Estado, é possível encontrar informação sobre as diversas formas de financiamento que o Estado disponibiliza aos cidadãos que não têm capital próprio. Desde o microcrédito a soluções de financiamento para pequenas e médias empresas (PME), a possibilidade de escolha é alargada adequando as necessidades dos “empreendedores” à solução que mais se adapta à situação.
Já no site da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) é disponibilizado um conjunto de conteúdos que visa orientar os novos empresários na constituição da sua empresa. Constituindo-se como um organismo orientado para “o desenvolvimento de um ambiente de negócios competitivo que contribua para a globalização da economia portuguesa”, o papel da AICEP no apoio para criar ou lançar um novo negócio pode ser determinante para definir o sucesso das empresas jovens.
Todos estes organismos, plataformas e outros mecanismos criados para este efeito visam, conjuntamente, diminuir a excessiva burocracia que caracteriza o tecido de administração pública portuguesa, não só facilitando a criação de novas empresas de uma forma mais rápida – exemplo da medida “Empresa na Hora” – bem como fornecendo serviços de consultoria.
Vingar no primeiro ano de actividade é sempre a missão mais difícil de qualquer nova empresa, mas esta realidade não tem diminuído em nada a criatividade e o empreendedorismo dos portugueses. Empreender em tempos de crise continua a ser uma máxima, mesmo em conjunturas adversas, para quem não tem emprego ou procura novas oportunidades e tem um conceito inovador para oferecer ao mercado.