Os signos falam sobre nós?

Existem realmente vários traços em comum na personalidade de pessoas do mesmo signo ou é só coincidência?

Não há uma opinião consensual relativamente a este tema. Há quem se identifique com traços típicos de determinado signo e outras que não. 

Acontece que o signo por si só diz pouco sobre cada pessoa, existem muitas variações no mapa astral, as características de personalidade assentam aqui numa base astronómica, matemática e geométrica sobre a posição dos astros. Claro que nós ouvimos muitas coisas que são ditas sem qualquer conhecimento de causa, baseadas em comentários e conversas sem investigação sobre o tema.

Muitas coisas são repetidas constantemente criando algum menosprezo por alguns signos, são coisas generalistas, tais como dizer que pessoas do signo gémeos são bipolares e duas caras ou que o signo balança vive numa constante instabilidade, sem saber o que quer. Estas afirmações, na maioria das vezes, nem são ditas sequer por concordarem que existe este ponto em comum nas pessoas deste signo, mas sim por algo banal como gémeos terem como símbolo “duas caras” e balança, pelo que o próprio nome indica a “balança”.

A explicação do astrólogo Max Haindel, para que a nossa personalidade vá de encontro ao zodíaco, seria porque o ar está sempre carregado de influências astrais de determinado dia e hora. Assim sendo, no momento do nascimento, que é quando a criança está mais sensitiva, este ar entra dos pulmões, passa para o sangue, circula no corpo e estabelece uma vibração. Este momento é denominado batismo Estelar.

O mapa astral não diz somente traços da nossa personalidade, há uma interpretação e leitura da posição do sol, da lua, planetas, constelações e outros pontos estrelares em determinado momento e lugar. Desta maneira ele é usado como ferramenta para descobrir afinidades entre signos, e até perceber datas propícias ou perigosas para grandes mudanças, rupturas ou decisões.

Há, inclusivamente, conselhos em relação à energia sexual e temperamento emocional, momentos de raiva, eforia, nostalgia ou carência. Ou seja, momentos que se precisa ter cuidado em equilibrar os instintos ou desejos com alguma prudência para não ferir o emocional. Podemos, ou não, considerar este mapa astral como algo importante para a nossa identidade?

A verdade é que a maioria das pessoas não faz o seu mapa astral, sabe somente o seu signo, mas assim que investe num, entende até algumas questões do porquê de agir de determinada maneira em certos momentos. No Mapa Astral temos o Sol, que representa quem se é e a sua força de poder e querer. Temos a Lua, que corresponde à parte emocional e aos sentimentos, O ascendente que representa a forma como agimos, nos expressamos e o que o mundo entende de nós. Os planetas, que vão ligar mais à consciência e ao subconsciente. Temos por fim as casas, que são 12, e elas representam vários aspetos da nossa vida, tais como relacionamentos, família, criatividade, trabalho entre tantos outros.

Todos estes pontos conversam entre si, são pontos interligados que fazem uma leitura de como nos apresentamos ao mundo, e de como os outros se ligam ou reagem à nossa forma de ser, ou estar.

Cabe-me a mim concluir, que mesmo para os mais céticos, esta leitura não é comparável com o tarot. Isto porque não corremos o risco de ficar sugestionados e assustados com o futuro. Por este motivo, antes de decidir ou não se isto é fidedigno, deveríamos todos experimentar fazer um mapa astral, e só depois de lê-lo e interpretá-lo, fazendo uma autoanálise, tecíamos os comentários sobre este tema. Podemos, por assim dizer, que isto é como uma gastronomia, se não for experimentada não podemos avaliá-la de facto.

Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do Novo Acordo Ortográfico

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