Três tubarões do cinema juntam-se num filme pouco convencional. Um grupo de idosos que decide assaltar um Banco.
Michael Caine (“Batman: O Início“), Morgan Freeman (“Os Condenados de Shawshank“) e Alan Arkin (“Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos“), são três veteranos na interpretação cinematográfica e são também os três protagonistas deste filme realizado por Zach Braff. Braff é também ator e aos poucos tem-se lançado na realização. Habituado à comédia, decidiu resgatar o clássico filme “Going in Style” de 1979 para uma versão mais atual. A escolha do elenco não podia ter sido a melhor, mas percalços no guião tornam esta obra pouco sustentável no seu género.
Três septuagenários insatisfeitos com a sua vida, decidem assaltar um Banco, para viverem os últimos anos da sua vida confortáveis economicamente. Trabalharam juntos décadas numa fábrica de ferro que deixou de lhes pagar a pensão. Sempre toda a vida foram escravos do trabalho, mas nem assim a vida foi generosa com eles. Willie (Freeman) vive longe da família, e luta contra uma doença nos rins. Joe (Caine) tem a filha e neta a viver com ele, mas perdeu o direito à casa e Al (Arkin) é um miserável instrutor de saxofone que ensina a miúdos sem talento para a música. Todos os dias juntos, conversam, jogam, comem tarte e adivinham o dia em que vão morrer, mas chegou a altura de dizer basta.
O grupo alinha num assalto em massa ao Banco para recuperarem o dinheiro que perderam. Não tem nada a perder. Se conseguirem sair triunfantes do assalto, conseguem recompor a sua vida, se não, aceitam passar os seus últimos anos confortáveis na prisão. O plano que tinha tudo para dar furado, começa a ter os seus frutos quando contratam um profissional do crime que o ajuda a cometer o roubo do ano.
Neste retrato social acompanhamos um grupo na terceira idade que tenta fugir à solidão do dia-a-dia. Procuram algo mais intenso e interessante na vida. Encontram esse motivo e de uma forma descontraída vão provar que ainda estão aí para as curvas. A comédia não fez o melhor para este trio sólido. As excelentes interpretações foram desvalorizadas pelo diálogo pobre e pela falta de cenas desastrosas mas engraçadas. O momento que pode causar mais risadas é quando em modo de experimentação, escolhem assaltar um supermercado. Michael Caine e Morgan Freeman fogem do local do crime numa scooter para utilizadores de mobilidade reduzida. Um momento cómico que rapidamente se dissipa para falta de uma organização mais motivante no argumento. Contudo este filme consegue ser satisfatório e é sempre positivo vermos estes atores num registo mais descontraído.
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