De facto, a realidade em que se vive permite e facilita ou reprime, o real desenvolvimento da humanidade, quer se queira, quer não.
As crianças desta geração, quando ingressam no ensino escolar, têm uma maturidade e um manancial de informação e de conhecimento completamente distinto do que acontecia em gerações anteriores. Já para não falar da experiência humana e do “saber fazer” de que dispõem nos primeiros anos de vida e que lhes dá toda uma preparação, tão distinta da anterior geração, por exemplo
Estas crianças parecem nascer já com um “software” instalado, ou mesmo um “chip” previamente programado para o futuro e para as novas tecnologias… quantas vezes pensamos: ”Bem este miúdo ou miúda, vem com o software instalado diretamente do ventre da mãe!”
É observá-los a manusear com enorme agilidade computadores, tablets ou mesmo telemóveis, muito antes de sequer saber pronunciar uma palavra que seja. Mas esta destreza para a tecnologia já lá está bem na pontinha dos dedos, preparados para o futuro e todas estas novas tecnologias que surgem a cada novo dia que passa.
Podemos mesmo questionar-nos se este nosso sistema de ensino está pronto para conseguir estimular estas crianças, tecnologicamente precoces, capazes de ensinar, por vezes, quem já por cá anda há muito mais tempo.
Estes miúdos parecem já ter nascido a saber tudo sobre o meio em que se inserem, quase parece não necessitarem de aprendizagem, vem já pré formatados para a vida e para a realidade que os espera no momento em que nascem!
Será que estes seres detêm realmente esta tal avidez de novidades, e de aprendizagem nunca anteriormente percebida? Muito provavelmente, aos seus olhos tudo parece muito fácil e da mais elementar simplicidade.
Esta é uma missão heróica para os professores e mesmo para os pais que têm que se munir e precaver com uma vasta gama de ferramentas mentais, que permita que estas crianças se mantenham interessados nos temas que desenvolvemos com eles, quer seja em termos académicos quer seja mesmo em casa em ambiente familiar e social.
Não podemos permitir que as tecnologias se sobreponham aos valores e às emoções, menos ainda que estas crianças se desliguem dos sentimentos e sensações humanos que nos tornam seres tão especiais.
Importa, pois, procurar adequar a forma de ensinar dos nossos professores a estas novas gerações. E esta incumbência é gigante e muito ambiciosa, pois é necessário que os níveis de atenção e em simultâneo de adrenalina estejam sempre no topo, antecipando posturas e curiosidades que venham a ter lugar por parte destas crianças que nasceram hoje, mas parecem já estar associadas a um futuro que a nós nos parece isso mesmo, futuro, mas que para eles é apenas este momento em que vivem.
“Sucesso não é final, falha não é fatal: é a coragem de continuar que conta” (Wiston Churchill)