Champions League: Os “quartos” de sonho da UEFA

É já esta terça-feira, dia 5 de Abril, que temos a continuação da maior prova de clubes de futebol do mundo, a Liga dos Campeões!

Restam apenas oito equipas, consideradas, como sempre com muita sobranceria, como as melhores da Europa, quando entre elas até temos o Wolfsburgo, actual 8º classificado da liga alemã, a 34 pontos de distância do Bayern Munique e a 29 pontos do Dortmund que está a disputar a Liga Europa. Ainda há o caso do Manchester City que consegue estar a 15 pontos do Leicester – com um jogo em atraso – equipa que o ano passado quase desceu de divisão. Contudo, como diz uma conhecida apresentadora da televisão portuguesa, “isso agora não interessa nada”.

Quartos de Final

Muito se falou, e continua a falar, da sorte/satisfação do Real Madrid por lhe ter saído o Wolfsburgo, ou do alivio do Bayern por lhe ter calhado o Benfica, mas na verdade podemos traçar uma leitura à parte, pois mesmo o Barcelona e o PSG parecem ter ficado com os adversários ideais para seguir em frente… e para a ideia de negócio da UEFA.

Estes quartos-de-final, na teoria, indicam uma forte possibilidade de virmos a assistir a umas meias-finais de sonho! Sonho dos apaixonados pelo futebol no geral, mas muito mais pela UEFA em particular, que num cenário provável de vir a ter Barcelona, Bayern Munique, Real Madrid e PSG apurados pode registar um número recorde de receitas e já se sabe que “it’s all about the money”.

No sentido prático que podem vir a fazer os “underdogs” desta fase da competição?

O Wolfsburgo tem tido uma temporada irregular e abaixo das expectativas na liga interna, mas na Champions até venceram o Grupo B – PSV, Man Utd e CSKA Moscovo – e eliminaram os belgas do Gent nos “oitavos”. Frente ao igualmente irregular Real Madrid, mas dotados de outras mais-valias, o cenário para os alemães não se adivinha fácil, mas com o primeiro jogo a ser jogado na sua casa, pode-se dizer que um resultado positivo já na 1ª mão poderá deixar os espanhóis nervosos e fazer sobressair a insegurança que tem pairado no universo de Cristiano Ronaldo e companhia. Não podem é sofrer golos…

Real Madrid

Os bicampeões nacionais tinham à partida pouco por onde escolher, mas acabou mesmo por sair a equipa que mais tem massacrado os “grandes” portugueses na Champions. Não vamos mencionar resultados para não ferir susceptibilidades, mas de certeza que os adeptos sportinguistas e portistas ainda não se esqueceram de como é defrontar os poderosos bávaros e mesmo os benfiquistas, ainda que já tenham passado mais anos, sabem que Bayern é sinónimo de derrota… pesada. A única coisa que se pode considerar boa é que ninguém está à espera que o Benfica faça grande coisa, por isso, a pressão estará toda do lado dos alemães que, ainda por cima, fazem o primeiro jogo em casa e irão tentar resolver logo a eliminatória. Tudo o que seja uma vitória do Bayern por dois ou mais golos de diferença, sem golos sofridos, será depois para cumprir calendário no Estádio da Luz.

Bayern Munique

O Barcelona não tem grandes recordações do At. Madrid, pois na temporada de 2013/14 os comandados de Simeone eliminaram os catalães na caminhada rumo à final que viriam a perder com o Real Madrid. Contudo, actualmente o Atlético tem poucas semelhanças com aquela equipa que foi campeã espanhola nesse ano. As semelhanças ficam-se na equipa técnica e jogadores, pois a qualidade de jogo já nada tem a ver. Daí que não se tenham grandes esperanças de ver este Barcelona a deixar-se surpreender, embora o facto do primeiro jogo ser em sua casa possa dar algumas esperanças aos de Madrid. Porquê? Porque apesar da equipa não ter um ataque tão perigoso, o Atlético sofre pouquíssimos golos e a sua organização colectiva ainda faz alguma diferença. Conseguir sair de Barcelona com um empate ou uma derrota tangencial, com golos, pode abrir uma janela de esperança para se ver aqui uma surpresa.

Barcelona - At. Madrid

Podia ser um duelo das “arábias”, dada a nacionalidade dos donos do mealheiro do PSG e do Manchester City. Duas equipas com uma história pobre, mas que são os novos ricos do futebol europeu. O dinheiro tem comprado o que há de melhor no que toca a atletas, mas ainda não compra prestígio e esse terá de ser conquistado dentro do campo onde, neste caso, o PSG parece ser o grande favorito. O campeonato há muito que está no bolso e no que toca à consistência de jogo/organização batem os ingleses, teoricamente. O City tem feito uma temporada miserável e neste momento se pudesse já nem estaria a jogar para o campeonato. O PSG tem sabido retirar vantagem de receber primeiro e visitar depois. Foi chave frente ao Chelsea e quase de certeza que voltará a ser frente ao City.

Zlatan Ibrahimovic

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