Recentemente temos assistido a um boom de apostas em escritores nacionais. Muitos destes escritores são desconhecidos do grande público e estão a publicar o seu primeiro livro. A par deste fenómeno, e para apoiar pessoas cujo talento poderia não vir a ser (re)conhecido, têm também surgido algumas editoras tradicionais independentes.
Como uma vizinha que espreita pela janela das redes sociais, observo ao longe as dificuldades destes projectos e também as suas conquistas.
Já vi algumas destas editoras terem de fechar e já percebi que não é fácil este meio.
Penso que se pode comparar ao mesmo que acontece com os hipermercados e as mercearias locais.
Se perguntarem a amigos, familiares e conhecidos, qual desses dois estabelecimentos costumam frequentar, aí têm a vossa resposta.
No entanto, quero louvar o trabalho que têm feito estas “pequenas”, grandes editoras.
Tenho lido livros maravilhosos e encontrado autores muito bons.
Posso dizer que um dos livros favoritos da minha vida é desses. Um livro que tinha edição de autor e que foi acolhido por uma dessas editoras.
Editoras, não desistam dos autores nacionais!
Leitores, não desistam das editoras independentes!
Não se esqueçam: Pequenos passos , grandes conquistas!
É um orgulho existirem projectos desta envergadura, que valorizam a nossa cultura, a nossa literatura, o nosso país.
Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do Antigo Acordo Ortográfico
Marília, artigo bastante pertinente. É, de facto, urgente pensarmos nestas questões. Nós temos autores nacionais a escrever muito bem e sem oportunidade para serem reconhecidos no mercado. O que os salva são essas pequenas editoras. Espero que não desistam,pois temos muito talento por desbravar. Grata pela partilha.
Talvez as editoras independentes possam trazer uma nova dinâmica. As tradicionais também podiam tentar fazer umas apostas com menos risco económico, como foi a Coolbooks da Porto Editora, que morreu na praia.