A VIDA é um imbróglio: queremos todos evoluir da melhor maneira, mas a maneira não é igual para todos.
Queremos mudar quando e com que objetivo? Porquê? E há muita coisa para mudar, muita pequena coisa e em cada uma, muda muita coisa em grande no Todo. E o Tempo e o Espaço são só pormenores…
Todos somos muitos uns, mas não temos razões para estar pessimistas, no sentido em que olho mais para as qualidades do mundo que servem para nos melhorar do que me assusto com as fraquezas do mesmo. Vejo sempre o copo meio-cheio pela metade que poderia encher, em vez de vazar. Olhando à minha volta, tudo melhora e, quando não melhora, é posto em causa. Já vivemos em fascismos europeus e não queremos para lá voltar.
Há outra forma de pensar: o pessimismo. Pensando sempre no pior, já estamos preparados para ele, mas temos de viver com muita coisa má quando pensamos assim. Pedem-me que imagine o futuro — é impossível. Olhando para o passado, percebemos como houve muitas coisas impensáveis. E agora não será diferente.
Não sei como vou estar daqui a uma hora, nem amanhã. Que a Mulher vai chegar ao poder, assumindo o altruísmo que ela tem a mais, por foco maternal, isso é óbvio. Vamos ter uma sociedade cada vez mais diversa, intercultural, pequena, informada, com imaginações muito diferentes. Não sei se vamos ter mais 2025 anos, nem se chegaremos aos 4050, pelas questões ambientais que já se põem. O tempo de cada um é menor e pode ser medido mais diariamente, anualmente no máximo.
Não duplicaremos só, triplicaremos o tempo vivido? Não importa saber o que não vai ser vivido, só para efabular, imaginar, inventar, criar filmes, passar o tempo a pintar, criar, musicar, escrever, construir novidades. O mais certo é que a terra se fortaleça nesta emergência, nesta crise, ou não? Tenho mais perguntas que respostas, felizmente.
Assim, é a evolução!
