Faz umas valentes décadas que ouvi pela primeira vez uma banda de heavy metal que me foi sugerida por um amigo. Desde essa altura que sou uma grande fã e cresci um pouco com grandes bandas e músicas do espetro do metal. Por causa de algumas vicissitudes da vida afastei-me um pouco deste panorama e mantive-me um tanto ou quanto à margem de novos lançamentos e criação de novas bandas, tanto lá fora como cá em Portugal. Mas não, não deixei o metal de lado. Lá ia dando um olho, mas a maior parte iludia-me. Continuava sim a ouvir as minhas bandas de sempre.
Faz agora alguns meses que retornei a este mundo e conheci algumas boas pessoas que me recolocaram em contato com esta realidade. Como tal, fui (tipo mosca) conhecer e ouvir algumas bandas e atender a alguns concertos e eventos relacionados com o metal nacional. O que tenho para vos dizer é que o metal nacional está vivo e recomenda-se. Tenho visto e sentido todo este ambiente escuro e ao mesmo tempo brilhante que é esta família “underground“e grande de bandas e público e de boa música e muita, muita cerveja.
Verifico com alegria que há excelentes bandas a produzir metal nacional com originalidade e com muita força em palco, mais referidas como “bandas de originais”. Haverá também bandas de tributo e dessas irei falar num outro artigo. Nas bandas de originais tenho visto de tudo um pouco, Punk, Trash, Gothic Metal e até Groove Metal. Todas elas produzem material original e esperam vir a atingir o máximo possível de público.
Como tinha algum receio de recomeçar novamente a ir a concertos de metal fui convidada para assistir a um concerto de uma banda de punk com músicas originais de um grande amigo que por acaso é baterista da banda. Estava introduzido o mote, uma boa malha, um ambiente espetacular e uma noite bem passada. Essa banda era a banda SIStema. Foi uma grande noite que me relançou neste corro pio de bandas e locais. E até fui vê-los mais vezes e certamente irei a mais concertos.

Uns tempos depois visitei o Silveira Rock Fest, em Setembro, no que foi a sua 6ª edição. Fui presenteada com a atuação de 5 bandas nacionais todas elas com excelentes canções e a comportarem-se ao nível de muitas bandas grandes que por aí andam. O ambiente era maravilhoso desde as pessoas, ao local, às bebidas e à comida. Uma sala escura, mas com uma massa de calor humano que agradava imenso. O mérito vai todo para os músicos que lá estiveram. Existem certamente algumas arestas a limar neste evento, mas certamente que para o ano eles irão melhorar ainda o local.
Não posso deixar de referenciar as bandas que tocaram por ordem de atuação: All Against, Inner Blast, Prayer of Sanity, Dollar Llama e os The Temple. Posso dizer que fiquei extremamente fã dos All Against e dos Inner Blast. Para mim têm um excelente caminho em frente e em breve saltarão para palcos maiores.
[tie_slideshow]
[tie_slide]

[/tie_slide]
[tie_slide]

[/tie_slide]
[tie_slide]

[/tie_slide]
[tie_slide]

[/tie_slide]
[/tie_slideshow]
Finalmente chego ao que para mim foi o evento do ano que foi o “Back to Skull” organizado pela SFTD Radio e os Xxxapada na Tromba. Foi no clube RCA e o cartaz foi considerado de fazer tremer as paredes. Tive a agradável surpresa de rever a banda All Against que abriu as hostilidades com a apresentação do mais recente EP – Feed The Machine.

Logo seguidos pelos não menos diabólicos com um pouco de melódicos à mistura os Diabolical Mental State. Mas a surpresa da noite estava reservada para a seguinte banda em palco: os Hochiminh. Com uma presença em palco eletrizante e com uma energia imensa a banda é tão explosiva que até teve direito ao que chamamos de “crowdsurfing” (andar no ar pelas mãos do pessoal) e “stage dive” (subir ao palco e atirar-se para o público). É uma banda que certamente irá longe. Para fechar a noite trouxeram os peso-pesado Equaleft. Não me posso pronunciar muito porque por essa altura tive que encerrar a noite e não pude assistir.
Foi certamente uma forma de arrancar a temporada nova de concertos que terminará só lá mais para o segundo trimestre de 2019 e eu irei a todos os que puder e ir vibrar com esta malta que nos dá estes espetáculos e boas malhas. Por isso, saudações metaleiras aí ao pessoal!