Caro leitor, sabes responder a esta questão? É mito ou verdade: para cantar bem, a cantora tem que ser muito gorda?
É mito e existem cada vez mais provas físicas disso, basta lembrar-se de cantoras líricas da actualidade e até mais antigas para o comprovarmos. Tal como também muitos estudos científicos comprovaram, não é o peso da intérprete que contribui para a voz, mas sim o bom funcionamento do aparelho respiratório e fonatório. Se todos os músculos e demais orgãos funcionarem bem em conjunto, teremos uma boa voz. Contudo, o que é facto é que aos cantores líricos, tanto homens, como mulheres, não lhes convém que façam grandes “ginásticas” no que toca ao seu peso, independentemente de ser ganho, ou perca, porque tal como a sua saúde se pode ressentir, também a voz se ressente.
Já ouviram falar da grega Maria Callas? Provavelmente sim. Ouviram pelo menos a sua voz em anúncios, ou cd’s de duetos. Nascida a 2 de Dezembro de 1923, em Nova Iorque, veio a falecer 53 anos depois, a 16 de Setembro em Paris. Tornou-se famosa pela sua voz rara e distinta, pela novidade que introduziu no estilo de actuação nas produções operísticas, aproveitou também a fama para recuperar óperas há muito esquecidas do bel canto e estreadas e tornadas conhecidas através dela, tendo pisado os maiores e melhores palcos de ópera do mundo inteiro. No entanto, Callas ficou também conhecida pela sua atribulada vida pessoal. Ao casar-se com o magnata grego Aristóteles Onassis , deixou os palcos em 1965, para se dedicar integralmente ao seu marido e à sua vida pessoal. Cancelou todas as suas actuações e deixou de ser vista nas grandes óperas. Começou a cair em declínio profissional e emocional, passou a ser vista em festas nocturnas, onde bebia, algo que contribuiu bastante para o declínio da sua voz e, por consequência, o fim da sua carreira.
Ainda assim, em 1965, teve uma última apresentação numa ópera completa, interpretou Norma, de Bellini, em Paris. Porém, não aguentou ir até ao fim, desmaiando ao cair da cortina, no fim da terceira parte. Finda a vida artística dedicou-se ao ensino do bel canto. Para o declínio da carreira, contribuíram igualmente as críticas aos concertos que fez pela Europa e pelo Extremo Oriente, que a arrasavam, pois nem a sua voz já era a mesma, nem a sua interpretação. Já só tinha público pela devoção que este lhe tinha. Cantou pela última vez em público em 1974, no Japão.
O fim da carreira foi marcado por períodos depressivos causados pela separação de Onassis e o falecimento do mesmo. Em Setembro de 1977, faleceu a cantora mais famosa do mundo, vítima de um ataque cardíaco. As suas cinzas foram deitadas no Mar Egeu, como era seu desejo.
Continua…
A Callas não casou com Onassis nem abandonou os palcos em 1965 para se dedicar a ele. A Callas iniciou uma relação extraconjugal com Onassis em 1959. Em 1960 o declínio vocal era já notório. Algo nela mudou e com isso também a voz. Foi cantando menos a cada ano, e depois de vários problemas vocais, mas sobretudo pela sua saúde frágil à época, acabou por atuar numa Ópera pela última vez em 1965. Em 1968 Onassis casa com Jacqueline Kennedy. A Callas vai então dar algumas masterclasses para a Juilliard School. Di Stefano consegue convencê-la a fazer uma tour mundial, chegando inclusivamente a gravar um conjunto de duetos em estúdio, hoje conhecidos, mas que na época não foram autorizados para comercialização por Maria Callas. Apenas no início da década de 1970, Callas consegue o Divórcio do único marido que teve, Giovanni Baptista Meneghini. Onassis morre em 1975. A Callas morre, e eterniza-se, em 1977.
A Callas não casou com Onassis nem abandonou os palcos em 1965 para se dedicar a ele. A Callas iniciou uma relação extraconjugal com Onassis em 1959. Em 1960 o declínio vocal era já notório. Algo nela mudou e com isso também a voz. Foi cantando menos a cada ano, e depois de vários problemas vocais, mas sobretudo pela sua saúde frágil à época, acabou por atuar numa Ópera pela última vez em 1965. Em 1968 Onassis casa com Jacqueline Kennedy. A Callas vai então dar algumas masterclasses para a Juilliard School. Di Stefano consegue convencê-la a fazer uma tour mundial, chegando inclusivamente a gravar um conjunto de duetos em estúdio, hoje conhecidos, mas que na época não foram autorizados para comercialização por Maria Callas. Apenas no início da década de 1970, Callas consegue o Divórcio do único marido que teve, Giovanni Baptista Meneghini. Onassis morre em 1975. A Callas morre, e eterniza-se, em 1977. As suas cinzas foram lançadas ao mar Egeu, de facto, mas não que alguma vez ela tenha manifestado tal vontade.