Quis o destino que a 4 de Setembro de 1981 nascesse em Houston, Texas, a mulher que viria a dominar a cena musical e fazer história.
O talento da jovem Beyoncé Knowles foi descoberto, quando ainda estava na escola primária, através de um professor de dança, que notou que, para além da dança, a menina tinha talento para o canto. É também nessa altura que conhece Kelly Rowland e LaTavya Robertson, as três meninas que com ela integraram o grupo infantil Girl’s Time. A girlsband composta por 6 elementos chegou a fazer actuações e a participar em concursos de talentos.
Em 1995, pela mão do pai de Beyoncé, que havia assumido o papel de manager das raparigas, dá-se uma revolução na composição da banda e membros são substituídos, nascendo, então, as Destiny’s Child. O passo seguinte passa por gravar as primeiras músicas e arranjar uma editora. Com o contrato com a Columbia, o mundo ouve pela primeira vez o tema Killing Time, que fez parte da banda sonora do filme Men in Black.
Com o primeiro álbum homónimo, as Destiny’s Child atingem o topo das tabelas e a carreira de sucesso e recordes de Beyoncé tem inicio. O mundo rendeu-se ao primeiro álbum da banda. A história do mundo do R&B ganha novas protagonistas. Em 1999, o segundo álbum, Writings on the Wall, é lançado e ‘Bills, Bills, Bills’ e ‘Jumpin, Jumpin’ entram para os tops mundiais, mas é o tema ‘Say My Name’ que se torna um dos grandes hinos da década e arrecada dois Grammy’s. Contudo, apesar do êxito, LaTavia Robertson e LeToya Luckett insatisfeitas com a forma como a banda era gerida foram substituídas por Michelle Williams e Farrah Franklin, que havia de ser dispensada pouco tempo depois. A banda fica assim reduzia a 3 membros.
Anos mais tarde, Beyoncé confessou que este foi um período difícil, tendo mesmo assumido que teve uma depressão, mas a artista é uma lutadora e o single ‘Independent Women Part I’ é lançado em 2000 e, durante onze semanas consecutivas, esteve no topo da tabela Billboard Hot 100. No ano seguinte, o álbum ‘Survivor’ é editado e estreia-se em primeiro lugar nas tabelas norte-americanas, tornando-se mais um sucesso.
Neste período e depois de vencer mais um Grammy a banda decide interromper o seu percurso, para que os seus membros enveredassem por carreiras a solo. Beyoncé é convidada para participar no telefilme da MTV, Carmen: A Hip Hopera.
Depois desta participação, é a vez de dar vida à tremendamente sensual Foxxy Cleopatra, ao lado de Mike Meyers, em Austin Powers – Goldmember. Até 2002, Beyoncé participou em bandas sonoras de filmes e pela primeira vez cantou com Jay-z no tema ‘03 Bonnie & Clyde’.
https://www.youtube.com/watch?v=p_-CEZDRGzw
O primeiro álbum a solo, Dangerously in Love, chega no ano de 2003. Depois das tentativas menos bem-sucedidas das antigas colegas de banda em construírem uma carreira a solo, chega a vez de Beyoncé, que rapidamente atinge o sucesso mundial. Não é algo estranho para quem acompanha a carreira da cantora desde os seus primórdios até às Destiny’s Child. A menina do Texas é talento puro e a sua voz sempre se destacou das suas colegas. No entanto, Dangerously in Love vem marcar uma nova página na música, marca o início de uma nova era, a da Queen B. Com o seu álbum de estreia, a cantora estabelece um recorde: 5 Grammy’s vencidos numa edição por um cantor.
Com este álbum inicia a sua tournée norte-americana, na companhia de cantoras como Alicia Keys e Missy Elliott. Um momento que ficou na memória do público foi a sua interpretação de The Star-Spangled Banner, o hino nacional norte-americano, na 38ª edição do Super Bowl, a final do campeonato de futebol americano, um evento planetário que consegue concentrar milhões de pessoas à volta da televisão. Ainda no mesmo ano, Beyoncé junta-se mais uma vez às Destiny’s Child, para gravarem mais um álbum, o último até à data e bem intitulado Destiny Fulfilled. Antes do lançamento do seu segundo álbum a solo, a cantora, juntamente com o resto dos elementos da banda que a catapultou para o estrelato, recebeu uma estrela no passeio da fama.
B’Day é lançado em 2006 e, como já de se esperava, torna-se um sucesso de vendas e com o qual realiza uma tournée internacional, The Beyoncé Experience. Sem parar, a artista embarca em mais duas aventuras cinematográficas – A Pantera Cor-de-Rosa e Dreamgirls, um filme baseado no musical sobre as Supremes.
Quando em 2008 apresenta ao mundo o seu terceiro álbum, Beyoncé confirma que se havia tornado na Mrs Carter e confirma os rumores de casamento com o rapper Jay-Z, com quem havia colaborado nos últimos anos. I Am… Sasha Fierce domina as rádios e torna-se o seu terceiro grande sucesso consecutivo. Assim, a Queen B recebe 10 nomeações para os Grammy’s e arrecada 6. No ano seguinte, graças ao seu dueto com Lady Gaga, vence mais um Grammy.
A mulher que é um exemplo de trabalho, devoção e compromisso faz uma pausa para se inspirar. Durante este período, apesar de longe das luzes da ribalta, Beyoncé continua o seu trabalho, preparando o seu quarto trabalho de originais, 4, e lança um livro, Eat, Play, Love. Voltando para a música, Beyoncé promove o seu álbum numa tournée mundial, acompanhada pelo seu marido Jay-z, realizando, assim, uma das mais rentáveis tournées a nível mundial de sempre. Sempre ligada à família, em 2012 torna-se mãe.
Neste momento, Beyoncé não é apenas um nome, mas é sim uma marca tremendamente rentável e rentabilizada. Tem vários contratos com empresas em diversas áreas e é também a detentora de um império extremamente lucrativo.
Aos 33 anos de idade, a menina do Texas é hoje uma das artistas mais respeitadas e bem-sucedidas da história da música. Não é apenas uma cantora, é uma mulher independente, que tomou as rédeas da sua vida e tem inspirado milhões. Foi considerada uma das mulheres mais influentes do mundo, derivado à influência que tem e pode exercer É um exemplo a ser seguido, de que o trabalho árduo e a perseverança compensam. A combinação do seu talento com muito trabalho fazem dela uma artista singular. O seu legado é vasto e de certeza que ainda falta muito mais para se ver e ouvir.