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Uma viagem pelo mundo de Scott Matthew

Será melancolia a melhor palavra para definir a musicalidade de Scott Matthew? Bem, ele admite algumas passagens melancólicas, mas não considera a sua música triste. No lado de cá, os fãs, vêem-no como um artista em volto de mistério, capaz de recriar temas como “Love will tear us apart”. Uma voz dificilmente confundível. Ora frágil, ora forte. Ao vivo tem a capacidade de tocar o público de uma forma singular. Não é fácil explicar por palavras a arte deste australiano, que escolheu Nova Iorque para viver, mas que diz estar na Europa o melhor público. Se ainda não o conheces, não percas mais tempo. Fica sabendo que em Portugal não é um completo desconhecido.

Scott há muito que anda pelo mundo da música. O seu currículo é invejável, especialmente, pela diversidade de projectos. Primeiro foi a colaboração com o compositor japonês Yoko Kanno com os temas “Trip City”, “Be Human” e “Cowboy Bebop: Knockin’ On Heaven’s Door”, em 2002. Quatro anos depois com o americano John Cameron Mitchell para o filme “Shortbus”, ao todo seis temas. Até que chegou 2008, outro ano agitado. Cria “Elva Snow Band Project” juntamente com Spencer Cobrin (ex-membro de Morrisey), grava “Silent Nights”, um tema que dificilmente deixa alguém indiferente e como ainda não bastasse lança o seu primeiro álbum de originais – “Scott Matthew”. O segundo sai do forno apenas um ano depois: “Theres is na Ocean that Divides”. Os seus seguidores são surpreendidos com o tema “Dog”, um dueto surpreendente com Holly Mirand. Chega 2011 com surpresas para os portugueses (já lá vamos). Mas não só. Compõe “Beautiful” para o grupo alemão Rosenstolz e grava o terceiro álbum de originais “Gallantry’s Favorite Son”. O cinema rende-se em definitivo ao seu talento com temas seus a comporem inúmeros filmes. Eis 2013, o ano do lançamento de um CD de covers Unlearned”. Entre outros, os fãs são surpreendidos com a reinvenção do clássico de Joy Division: “Love will tear us apart”. Por fim, em 2014 compõe “Ruined Heart” para o filme com o mesmo nome e agora, em 2015, lança o 5º álbum de originais “This Here Defeat”. Uma colectânea de dez músicas profundas e emocionais, que vieram complementar uma carreira repleta de aplausos.

Em Portugal, o embaixador de Scott é o compositor Rodrigo Leão. Rendido à sua voz, propõe um trabalho conjunto em 2011, para o álbum “A Montanha Mágica”. O resultado é “Terrible Dawn”, que de “terrible” não tem nada. Uma música que nos força a uma estranha paz interior. O resultado deliciosamente sonoro justifica no ano seguinte (2012) mais uma música. “Imcomplete” é o seu nome. Tema inédito do álbum “Songs”. No videoclipe, uma mulher-corvo dança, enquanto Rodrigo Leão, ao piano, se deixa embalar pela energia de Scott. O som do instrumento, os passos de dança femininos e o olhar profundo do cantor tornam a atmosfera misteriosa e cativante ao mesmo tempo. Uma verdadeira obra de arte.

O que tem Scott Matthew de peculiar? Tudo e talvez nada. A sua música é simples e pura, como todas deveriam de ser. É essência. E talvez, por isso, se diferencia dos demais. As suas obras são melodias para os ouvidos, fazendo-nos viajar para um mundo que não parece ser desta dimensão. Aconselho-te a percorreres o mundo de Scott. No fim, não serás o mesmo e ainda bem. É essa a função da arte – despertar sentimentos. Scott sabe-o fazer como ninguém.

https://youtu.be/i0d4jveNkrg

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