Não existem mais conjuntos, nem grupos, nem nações, nem países. Existe mais individualismo, mas isso implica que haja mais gente a pensar melhor a sociedade. Há mais gente diferente ensimesmada, em segredo consigo mesmo. Há mais diversidade e resguardo. Há mais de tudo e à vista de todos.
Ou talvez a sociedade não deva ser pensada nem imaginada e haja cada vez mais individualizações, porque do continente ao interior de cada pessoa há muitos mini-passos que são dados. Ou há países cada vez mais disformes com mais gente e cada vez mais países mais uniformes com menos gente.
Há mais dispersão e a vida é mais longa. Menos aqui e agora, mais ali e outrora. Vive-se um tempo mais longo, que vem de um longo passado e que vai até muito à frente no futuro, com muita capacidade de imaginação.
Por outro lado, há cada vez mais espaços e quartos virtuais. Mais e melhores formas de seres individual. Até os países, atualmente, são menores – houve a dissolução da União Soviética, mas também houve a criação crescente da UE. O mundo mudou e muda diariamente, felizmente.
Há mais religiões, menos religiosos. Mais política dispersa, menos unida. A democracia tornou-se difundida por todo o planeta, a mesma democracia que “é o pior de todos os sistemas com exceção de todos os outros”, como disse W. Churchill e cantou Sérgio Godinho.
Talvez não seja possível pensar assim num mundo único. Cada caso é um caso e cada pessoa tem várias vidas e é difícil unificar uma forma de viver.
Um é cada vez mais único, mas sozinho é pouco. Todos temos exemplos de como potenciar as nossas qualidades em equipa. Cada um é cada vez mais único, mas sozinho é pouco ou nada.