Desde sempre e até há alguns anos, nunca me tinha apercebido de nada estranho, e achava totalmente normal, a maneira de ensino em Portugal. Após verificar que muitos jovens andam insatisfeitos com o sistema, cheguei à conclusão que não seria bem assim.
As pessoas devem estudar, tirar boas notas, para conseguirem ter um emprego bom, onde se ganhe bem para posteriormente terem uma boa reforma.
Assim, os alunos são como objectos, com peças montadas a pouco e pouco, ano após ano.
E no fim, na altura da faculdade, há uma inspecção, na linha de produção, e são aptos ou não aptos. Como se de uma fábrica se tratasse.
A história da avaliação ao longo do século XX foi em grande parte a da consolidação dos testes ou exames padronizados.
Havia uma grande falha no ensino, que deveria ser logo incutido desde os primeiros anos. Estou a falar da educação financeira e da educação humana.
Actualmente, a educação financeira e, consoante as idades, tem feito alguns progressos.
Interessa melhorar conhecimentos e atitudes financeiras, apoiar a inclusão financeira, desenvolver hábitos de poupança. O monopólio é um jogo que nas primeiras fases da vida escolar, a partir dos 6 anos, é útil para as crianças perceberem como são feitas as compras e gerir o dinheiro, bem como negociar com outros jogadores. O jogo CASHFLOW Classic, de Robert Kiyosaki também é muito bom para se aprender a investir, sem perder o próprio dinheiro. Este autor, tinha 9 anos quando o pai lhe começou a ensinar a investir as suas economias.
Mais tarde, por volta dos 10 anos, convém incentivar a ganhar o próprio dinheiro, propondo uma quantia em troca de tarefas domésticas, por exemplo. Poupar e comparar preços quando se vai às compras. E aprender a diferença entre o que necessitamos mesmo e o que é supérfluo.
Com uma mesada, poderão aprender a gerir o seu próprio orçamento.
Convém ensinar que o dinheiro é uma abstracção, bem como estimular o empreendedorismo, e mostrar que há diferentes maneiras de ganhar dinheiro.
Com estas bases e a partir daí e sempre com o apoio dos pais; os jovens irão tendo uma visão da economia.
Uma escola humanizada na minha opinião, é aquela que valoriza as relações humanas, as emoções e as particularidades de cada aluno. Dessa forma, a aprendizagem não está centrada apenas nos resultados escolares, mas também se preocupa com o íntimo de cada um, os seus problemas, vontades e desejos.
A escola humanizada não vê o aluno apenas como uma peça no dia a dia, mas sim como um ser humano que precisa de se sentir seguro e confortável. Desta forma, a criança ou adolescente aprende até mesmo a se conhecer melhor e a valorizar a sua existência. Ela aprende a lidar com desafios e a ter motivação para aprender coisas novas. Num ensino humanizado, o aluno entende que errar é normal e não é motivo de vergonha. Também sente que pode confiar nos professores para abordar os seus problemas na escola, como por exemplo o bullying. Também haverá mais desenvolvimento de colaboração entre colegas, laços de amizade e confiança. A criança/adolescente aprende a respeitar as suas limitações e a ter mais autoestima.
Conclusão
Com muito boa vontade entre todos, pais educadores e estudantes, poder-se-á chegar a um consenso para que haja uma proximidade para uma escola de sucesso.