«Todo o tempo que temos»

O título do filme é sugestivo. O tempo é um bem precioso, que ganha ainda mais importância quando enfrentamos obstáculos.

Neste filme, o realizador irlandês John Crowley retrata a história de um casal jovem que enfrenta grandes desafios e de como uma relação amorosa que envolve química, cumplicidade e uma boa comunicação pode superá-los.

A maneira como Tobias (Andrew Garfield) conhece Almut (Florence Pugh) é improvável. Ele sai de casa a meio da noite para comprar uma caneta, no intuito de assinar os papéis do divórcio, quando é atropelado por ela. Têm uma conversa no hospital, tornam-se mais próximos, envolvem-se e acabam por se apaixonar. As cenas oscilam entre o presente e o passado, em analepse. Assistimos a algumas pitadas de humor britânico, romantismo e também melodrama. Algumas delas prendem-nos ao grande ecrã, como o momento do parto da filha de ambos, que também ocorre num local invulgar.

Há uma partilha tão bonita entre Almut e Tobias para tudo dar certo, que o resultado é simplesmente perfeito. O espectador sente-se comovido e emocionado. Almut é uma mulher dinâmica e corajosa, focada na sua carreira de chef de cozinha, enquanto Tobias é mais ligado à família, um marido fantástico e um pai presente. Do ponto de vista tradicional, os papéis parecem estar invertidos.

Esta longa-metragem vem confirmar o valor de Florence Pugh como actriz, cujo desempenho já conhecia de Uma boa pessoa. É uma profissional brilhante.

Ficaram com curiosidade de saber mais? Vão ao cinema! Com ou sem pipocas, vale mesmo a pena.

Mega Simone | Hit me where the heart is

Este artigo foi escrito segundo as regras do antigo acordo ortográfico.

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Celeste Caeiro

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