The Order 1886: Regresso à Vanguarda

Ready at Dawn é a produtora responsável pelo jogo que abrirá as hostes dos mais esperados de 2015, um ano que promete obliterar os flops, e tédio em geral, de 2014. Bem-vindos à Londres vitoriana do Séc. XIX, reescrita e reinventada, onde mitologia e vanguarda tecnológica cruzam caminho, num cenário de guerra aberta entre humanos e criaturas geneticamente modificadas.

The Order 1886 promete proporções épicas, desde logo evocando a temeridade dos Templários e inspirando-se nos lendários Cavaleiros da Távola Redonda que são, nada mais nada menos, do que ‘A Ordem’ que empresta o título ao jogo. Aguardam-nos intriga e mistério em doses industriais, assim que encarnarmos Sir Galahad na sua cruzada contra o sobrenatural, na forma de variantes de faunos e minotauros. Do outro lado da trincheira está ainda a rebelião dos Cavaleiros desertores, que lutam contra ‘A Ordem’ como se de o governo opressor se tratasse.

Nesta história onde a Revolução Industrial também desempenha um papel fulcral, já que é no seu rescaldo que surgem as armas que Sir Galahad e companheiros brandem, a Ready at Dawn aposta naquela que parece ser a evolução mais natural no mundo dos videojogos: maturidade nos guiões, cada vez mais obscuros, humanos, intrigantes e, enfim, completos.

JN_theorder1886_1Não obstante, The Order 1886 mostra-se arrebatador em cinematografia, e à medida que são lançadas novas provocações, na forma de trailers e gameplays, torna-se cada vez mais evidente que, em matéria de portento tecnológico, este será um bestseller em potência. Contudo, a ostentação de The Order 1886 estará no arrojo de apresentar uma epopeia histórica, onde até Nikola Tesla promete dar uma perninha.

Poderíamos comparar a jogabilidade a alguns dos mais amados e recentes títulos, como Assassin’s Creed ou até mesmo The Last of Us, mas preferimos arriscar na previsão de que inovação será a palavra de ordem, o que não deixa de ser paradoxal quando temos em conta o recurso à propriedade histórica de locais, mitos, lendas e, possivelmente, personalidades.

E se toda esta agitação em torno de The Order 1886 é mais do que natural, há que reconhecer o triunfo da Ready at Dawn na divulgação deste, podemos quase garantir, prodígio dos videojogos. Ao contrário de Watch Dogs (a título de exemplo, não que faltassem espécimes), a produtora soube gerir expectativas, levantando apenas o véu, nunca prometendo demasiado.

Depois de um ano menos que revitalizador em matéria de videojogos, as pré-reservas já são possíveis e é já a 20 de fevereiro que vamos poder – finalmente! – deitar as mãos ao muito desejado The Order 1886.

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