Ser adulto é uma treta!
As responsabilidades amontoam-se e a vida do dia-a-dia nem sempre é fácil de gerir por esse motivo, as responsabilidades retiram-nos leveza e pesam-nos na gestão da vida. Nem sempre se conseguem contornar e quando isso acontece, parece que surge uma nova obrigação ao virar da esquina.
No entanto, a vida é para ser vivida e não podemos deixar que estas contrariedades nos limitem, obviamente que nos causam algumas limitações com prazos, dinheiros e compromissos mas são uma parte da vida e não o seu todo! É importante não esquecer isso.
A sociedade organiza-se nesta cadência em prol das responsabilidades e quase nunca no bem-estar das suas pessoas, se virmos bem o Estado é o primeiro a exigir estas responsabilidades com a cobrança permanente de impostos.
O primeiro desafio é percebermos se o que necessitamos é o que queremos e se o queremos é o que necessitamos. Nem sempre os dois estão alinhados, dai a dificuldade em conjugarmos os desejos com necessidades e as necessidades com os desejos.
Existem vários fatores e ter em atenção para conseguirmos viver em paz com as responsabilidades que assumimos. O primeiro passo é aceitarmos o desafio e sabermos se conseguimos cumpri-lo, isso pressupõe umas vezes, termos de abdicar do que gostaríamos de fazer para conseguirmos cumprir responsabilidades. Contudo, isso não deverá ser a norma mas a exceção!
Não faz sentido vivermos apenas para pagar contas ou para cumprir exclusivamente todas as responsabilidades que assumimos. Temos de ser generosos connosco e perceber até onde é aceitável irmos. Viver a vida é o prioritário, tudo o resto ajusta-se. E ajusta-se sempre.
Devemos fazer, regularmente, uma análise profunda sobre o que queremos e o que necessitamos para percebermos para que lado pende o “valor”. Se é apenas um capricho ou se nos vai beneficiar e trazer algo de novo na realidade. Podemos querer muito qualquer coisa que não nos vai fazer nem falta nem bem e podemos necessitar de alguma coisa que achamos que não queremos, mas é mesmo o que estamos a precisar naquele momento.
“Não podemos ter mais olhos que barriga!” Já nos diziam os nossos avós e como são sábias estas palavras que implicam lucidez e bom senso mesmo quando a vontade é muita e nos faz salivar. Somos adultos e temos de saber usar essa condição com a responsabilidade que ela acarreta, vai ser assim em todas as fases da nossa vida. Por isso, mais vale assumir a bem que é assim e aproveitar a viagem.