Nós que fomos crianças nos anos 80 e adolescentes nos anos 90, sabemos bem quem é o Marty Mcfly ou o Alex Keaton e ambos são o Michael J. Fox.
É impossível dissocia-los, não só pela qualidade da representação, no caso do Marty Mcfly no “Regresso ao Futuro” e o Alex Keaton na popular série de TV “Quem sai aos seus” mas também pelo próprio Michael J. Fox.
Confesso que tinha alguma curiosidade em ver este documentário porque sempre tive em boa conta o Michael J. Fox e, ao longo dos anos, com a divulgação do diagnóstico da doença de Parkinson desde os seus 29 anos, a memória coletiva tende a focar-se na imagem do jovem, enérgico e saudável Marty deixando um pouco de lado o Michael J. Fox como ele é, hoje. Na realidade, o próprio tem feito um caminho notável, na divulgação e estudo da doença e colocou o tema em debate, não se escondendo.
Ia com a ideia que, a vontade de fazer o documentário, tem a ver com a noção bem presente de mortalidade, o que de certa forma se comprovou. O Michel J. Fox tem 62 anos, e viveu mais anos com esta doença do que sem ela, e chegado a este momento, tem a noção que o caminho a diante será mais curto do que aquilo que já viveu. Apesar desta realidade incontornável, conta-se a história do homem – super enérgico e divertido – que nunca perdeu o sentido de humor, em relação a si próprio e aos outros.
Existe esperança sempre que temos força de vontade e empenho. Um diagnóstico destes, seria o suficiente para mandar qualquer pessoa abaixo e o ator não foi exceção. Só que ele optou por viver com a doença em vez de deixá-la dominá-lo, e isso é absolutamente incrível e torna o Michael J. Fox ainda mais admirável!
O documentário não é lamechas nem cheio de lamúrias, o homem apresenta-se como é. Não temos efeitos especiais nem floreados, as pessoas são as que fazem parte da sua vida e aquela é a sua história na primeira pessoa. Confesso que quando terminou tive vontade de abraçá-lo. Gostei tanto dele, fiquei ainda mais fã do homem, do ator… de tudo! É daquelas pessoas que dá gosto conhecer e que vieram ao mundo para deixar uma marca imortal.
A ver.