“A morte é provavelmente a melhor invenção da vida; é o agente de mudança da vida”, disse Steve Jobs, num discurso para os estudantes da Universidade de Standford, em 2005. Porém, em certo ponto contradiz esta ideia, ao afirmar que “ninguém quer morrer. Nem mesmo as pessoas que querem ir para o Céu querem morrer para chegar lá.”
No entanto, a morte chegou poucos anos depois, mesmo já tendo superado várias doenças, como, por exemplo, o cancro do pâncreas, pouco antes de discursar nesta universidade. Foi um discurso visto por milhões e não apenas pelos estudantes da universidade, pois foi partilhado por milhões de fãs. Nunca antes um inventor, ou um homem das Ciências teve tanto sucesso nas massas como ele teve. Steve Jobs agitou a indústria das comunicações. Num espaço de pouco mais de uma década, ele revolucionou três mercados diferentes: o musical, com o iPod, o dos telemóveis, com o iPhone, e o da computação móvel, com o iPad. Não nos podemos esquecer também da evolução dos computadores Mac, não só por eles mesmo, mas também por toda a indústria dos computadores, visto que muitos produtos da Microsoft foram neles inspirados. Para além do envolvimento de Jobs nestas várias áreas, ele aventurou-se também no mundo de cinema com filmes animados como o celebre Toy Story, ou À procura do Nemo.
Nos seus trabalhos, aspirava à simplicidade. Para ele, o simples pode ser mais difícil do que o complicado: “tens que trabalhar duro para conseguir esta simplicidade nos teus pensamentos, mas vale a pena, porque se o conseguires, poderás mover montanhas”, disse Steve Jobs numa entrevista dada ainda em 1998 para a BusinessWeek. Talvez seja por isso que tenha tido tanto sucesso. Pela sua simplicidade, por querer chegar a todos de uma forma rápida, por querer melhorar a relação entre o homem e as máquinas.
Não acabou a universidade, como era o sonho da sua mãe biológica, mas aprendeu aquilo que gostava sem saber que um dia haveria de lhe servir para algo. Como o próprio afirma, é preciso saber ligar os pontos e isso só é possível olhando para trás. “Deves confiar que os pontos vão-se conectar em algum lugar no futuro; confiar em algo – na tua garra, destino, vida, carma, qualquer coisa. Esta forma de encarar as coisas nunca me deixou na mão e tem feito toda a diferença na minha vida.” Por essa razão, encarou a experiência como algo imprescindível e não como algo passageiro.
Era diferente na forma como pensava relativamente aos negócios. Quando foi despedido da sua própria empresa e apesar de ter ficado desanimado no início, encarou este facto como algo positivo. “O peso de ser bem-sucedido foi substituído pela leveza de ser novamente um principiante, com menos certeza sobre tudo. Isso libertou-me para entrar numa das fases mais criativas da minha vida.” Talvez isso tenha acontecido, porque amava aquilo que fazia e acreditava nisso, acreditava que “a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que se faz”.
Apesar de se afastar anteriormente da empresa de tecnologia que fundou, a sua morte foi um ponto fulcral no mundo tecnológico. Como será que fica a marca que construiu? Será que continuará a ter o mesmo sucesso que tinha até agora?
Segundo o jornal britânico Daily-Mail, o fundador da Apple empenhou-se durante um ano em fazer projectos para a empresa para os próximos quatro anos, porque queria garantir-lhe o futuro, pelo menos o futuro próximo. Então, e depois? Quem será que o vai substituir? Será que o actual presidente da Apple, Tim Cook, que foi precisamente nomeado pelo próprio Steve Jobs, conseguirá que a empresa esteja no topo que conquistou já há alguns ano? Esperemos que sim. Esperemos que aquilo que foi criado com tanta dedicação continue. Por enquanto, esperamos por novidades surpreendentes e inovadoras, tal como aconteceu até agora.