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Somos verdadeiramente felizes?

Com o actual de estado de coisas no Mundo em que vivemos, onde tudo se faz, basicamente, ao mais acelerado passo e onde os níveis de exigência pessoal e profissional se confundem de tal forma que um já não pode existir sem o outro. Quem nunca colocou a si mesmo a seguinte questão: Somos verdadeiramente felizes?

Com toda a certeza que a resposta à mesma varia. E é natural que varie, dado que cada um de nós, para o bem e para o mal, tem uma determinada vivência que determinará a resposta a dar à pergunta. Para além disto, a resposta à dita cuja irá variar – também ela – em função da idade em que a dita pergunta se nos é colocada.

É natural que uma pessoa na sua juventude consiga dizer que é verdadeiramente feliz, dado que esta tem consciência de que tem à sua frente um longo caminho para percorrer e objectivos para tentar conquistar. Não importam os obstáculos que o Destino nos coloque à frente. Enquanto somos jovens iremos sempre dizer, com a mais profunda convicção, de que somos verdadeiramente felizes. O problema surge com o passar do tempo… Com a entrada na fase adulta surge o natural avolumar de responsabilidades que nos obrigam a ter de tomar decisões das quais não podemos voltar atrás. Fazemos opções. Muitas opções. E erramos. Erramos muitas vezes. Erramos de tal forma que mais tarde somos obrigados a ter de viver com os nossos erros, dado que o tempo, este tirano cruel e impiedoso, não nos permite voltar atrás para corrigir o que fizemos de mal.

Pior ainda é quando temos de tomar opções que nos obrigam a não dizer o que sentimos por outra pessoa ou a não fazer algo que é determinante para o nosso futuro. Não o fazemos por orgulho, medo, timidez, vergonha ou até mesmo porque achamos que não vale a pena o risco, dado que com o tempo as coisas surgirão por si mesmo. Um profundo disparate… Um disparate que se agrava por força das responsabilidades da idade adulta. Responsabilidades que nos obrigam a ter de tomar decisões num Mundo cada vez mais “cafeinado” e mais exigente. A partir de determinada altura, só temos o trabalho para nos consolar a um ritmo cada vez mais mecânico, onde as emoções humanas são obrigatoriamente postas de lado.

Ora, face a tal penso ser tremendamente difícil dizer-se com convicção de que somos verdadeiramente felizes. Pensamos que somos felizes. Vivemos e revivemos esta ilusão com a inabalável fé de que mentindo a nós próprios aliviamos um pouco a nossa imagem de Atlas. E quando nos apercebemos do quão errado estamos, já o tempo passou e as oportunidades, outrora abundantes, reduzem-se a zero.

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