Jamie Smith ou simplesmente Jamie xx. Inglês. Vinte e oito anos. Membro leal da banda de Londres The xx, onde em conjunto com Romy Madley Croft, Oliver Sim e Baria Qureshi da Elliott School de Londres, soma cartas num processo que considera contínuo e natural na história da música.
Mais do que apresentarmos um músico pela idade, background, raízes musicais ou produção, há que compreender a sua essência ou pelo menos a forma como a vemos.
A essência de Jamie parece presente e ausente no seu próprio mundo, no som revivalista, mas ao mesmo tempo visionário,que cria e produz. Jamie xx sabe tocar em pontos precisos e intemporais. Numa carreira de sucesso e promissora, é feliz, desde que a música esteja presente. A aventura que começou em 2005 soma pontos não só nos The xx como também através da produção de músicas de Drake ou Alicia Keys.
Camaleónico, apresenta-nos In Colour, o álbum a solo que se requer como contínuo à experiência xx, pelo contraste colorido ao som Indie Pop ao qual estamos habituados e com a participação inevitável dos membros da banda, porque só assim lhe faria sentido.
Vencedor do Grammie Award na categoria de “Best Dance / Electronic álbum”, In colour é sensorial, liberta-nos e viajamos melancolicamente à experiência underground dos clubes nocturnos britânicos, em contornos do passado que ele próprio sente e nos vai desvendando.
Cartas são-nos dadas com “LoudPlaces” (com a participação de Romy), ou “I know there’s gonna be (good times)”, com a participação do rapper Young Thug e de Popcaan.
Sensação, exorcismo ou simplesmente uma forma de se ser musico em trejeitos honestos de DJ, há esperança e curiosidade no que Jamie xx ainda nos poderá trazer, o rapaz tímido que é musica e que tem ainda tanto para nos dar.
Para já, podemos espreitá-lo e aos restantes xx no Nós Alive a 06/07/2017. Até lá, que o nosso mundo seja tão simples e tão cheio de contrastes como o dele.