A Califórnia colapsa num filme realizado por Brad Peyton com Dwayne Johnson a liderar o elenco principal.
San Andreas cumpre os requisitos mínimos para um filme de entretenimento. Na sua receita, temos muita acção, uma quantidade necessária de efeitos especiais e para terminar um herói capaz de tudo. No entanto, a sua narrativa escassa e pouco fundamentada destabiliza aquele que podia ter sido um bom filme sobre desastres. Dwayne Johnson, anteriormente conhecido como The Rock, é o protagonista, um piloto especialista em resgates que tenta a todo o custo salvar a sua ex-esposa e filha da catástrofe que abalou a Califórnia mesmo no seu centro. Com fortes terramotos e gigantes tsunamis, assistimos a um dos maiores pesadelos do ser humano. O filme foca-se principalmente no drama familiar e pouco realístico (é como se todos vivessem numa bolha protectora contra todo aquele caos), deixando de parte um assunto bem mais importante, a sobrevivência àquela terrível situação.
Apesar do fraco argumento e cheio de imperfeições, dos diálogos são fúteis e das personagens pouco interessantes, este filme conseguiu superar as expectativas nas bilheteiras.
O cenário devastador foi construído através das funções dos efeitos especiais, muito bem aplicados. E este é o factor mais positivo do filme. Prédios a ruir, chão a tremer e pessoas a correr e a gritar pela vida, vemos São Francisco e Los Angeles a serem destruídas por completo de uma forma verdadeiramente realística. Dwayne Johnson não surpreende, pois continua com uma postura à qual já nos habituou nos seus filmes.
Concluindo, o filme é considerado um blockbuster de Verão, cheio de adrenalina e movimento, mas fica-se por aí. Fora com os dramatismos típicos da tragédia e com as preocupações sobre o que vai acontecer a seguir. San Andreas termina com um “And now what?”, o que me parece demasiado provocatório, após uma devastação como aquela.
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