Mais uma morte, mais uma noticia sensacionalista. Crescente agravamento da doença, que bate recordes, o mundo que caminha para o abismo. Contudo, no meio do fosso cresce algo que ninguém vê o que suga esta desordem toda. A pandemia fez vir à tona a serpente, aquela que habita no ser humano e naqueles que se julgam acima da lei, do mundo e de Deus. Hereges sempre a estreita que dançam ao som do dinheiro e da maldade e a constante falta de respeito com as nossas liberdades. Era suposto isto acontecer? É algum experimento social?
“Não é da natureza humana ficar enjaulado entre quatro paredes”.
O isolamento social, os mil testes e as “salvadoras” vacinas conseguiram extrair da sociedade o medo, a insegurança e uma violência que vem crescendo, anexada a também agressão dos nossos direitos civis, e a serpente que se alimenta disto tudo para poder reinar..
A violência, a segregação e a retirada de liberdades estão na ordem do dia, o que faz duvidar de quem está lá em cima no poleiro. Se o que dão é uma real ajuda ao Zé Povinho, que se não ganhar não come, é se não come morre e o Zé não se pode dar ao luxo de morrer.
Esta pseudo-pandemia está a levar as sociedade ao abismo, a pobreza física e de espírito, a violência dos direitos humanos, constantemente violentados. Tudo isto leva a uma cegueira sentimental e o não acreditar no sistema e a desconfiar do que está por detrás do pano. A uma passo da anarquia e da revolução estamos?
Pandemia que tira mas também dá, que mata mas também salva, que desnutre mas também alimenta… Tudo depende de que lado estás nesta roleta russa social.
O pior é que a natureza humana dos dias de hoje , é ficar enjaulado no próprio umbigo, nas próprias vidinhas virtuais e na ânsia da aprovação dos outros. A meu ver é mais da natureza humana, ou devia ser, olhar para o outro com empatia , termos capacidade de nos pôrmos no lugar do outro, e acima de tudo respeitarmos a liberdade de cada um. A verdadeira pandemia é a crise de valores que se vive, e já não é de agora, e a tendência infelizmente é para piorar. Isto de pseudo- pandemia não tem nada, e devíamos ser mais gratos pelo privilégio de podermos ser vacinados . Vivemos numa sociedade que lamenta mais o fecho das discotecas do que as pessoas que morrem diariamente com esta pandemia. Acredito que a palavra pseudo-pandemia, não tem lugar no vocabulário e no pensamento daqueles que todos os dias lutam para salvar vidas. Já a palavra roleta-russa , há um ano atrás, entrou no dia-a-dia dos profissionais de saúde que tiveram a triste e desumana missão , de ter de escolher quem salvariam.
Devíamos todos ter aproveitado o primeiro confinamento, para refleti-mos sobre a nossa humanidade, mas tivemos mais ocupados a aprender a fazer pão em casa, a dar concertos nas varandas e a fazer tik-toks.