Agosto está quase a terminar- E seria um “terminar” como qualquer outro, não fosse suceder ao Agosto um Setembro de campanha eleitoral, pois as eleições legislativas estão aí à porta. O mesmo é dizer que um tal de carrossel vai regressar em força para nos dar cabo do juízo dia sim, dia sim.
Mas afinal que carrossel é este?
A campanha eleitoral não o é certamente até porque é salutar que a Democracia mostre a sua força “nesta altura do Campeonato” pois foi por causa disto que se fez o 25 de Abril.
O carrossel a que me refiro é ao vazio que os nossos Partidos apresentam na campanha eleitoral. Isto porque, invariavelmente, todos os Partidos Políticos perdem o seu tempo de antena com troca de galhardetes e contar espingardas entre eles em vez de darem a saber aos Cidadãos aquilo que pretendem fazer e como o pretendem fazer quando chegarem ao Poder por intermédio do voto. Aliás, mais importante que dizerem-nos o que vão fazer e o que pretendem fazer é darem-nos a saber como vão aplicar as suas propostas e se estas são realmente viáveis no actual contexto nacional e internacional!
Tudo o que disse atrás sobre apresentar propostas e a forma como as vão levar a cabo é “areia a mais” para a camioneta dos Partidos que usam e abusam das frases feitas e do Populismo. Uns gravaram a cassete da Política de Esquerda Patriótica, mas definição para a mesma nem eles sabem qual é. Outros prometem a harmonização entre os salários mínimos dos Países da Europa, mas a forma como se lá se vai chegar só Deus sabe. Já outros pretendem levar avante uma Guerra aberta com o euro, mas isto de ir sozinho para um combate que é necessário é o mesmo que imitar Don Quixote e o Moinhos de Vento. Já outros propõem-se a fazer mais do mesmo porque a destruição que levaram a cabo nos últimos quatro anos não foi ainda satisfatória pois 5 milhões de emigrantes ainda é um número muito reduzido.
É isto que vamos todos aturar nos próximos tempos, sendo que pelo meio há ainda espaço no carrossel para os insultos disfarçados, baixeza no discurso e ataques mútuos sem que se chegue a algum lado com tais atitudes.
Depois há quem fique muito indignado com o aumento da abstenção/votos em branco como se a culpa fosse nossa (Cidadãos) e não dos Partidos Políticos Portugueses que gostam mais de andar no carrossel do que em darem uma de gente séria e disposta a servir Portugal e os Portugueses.