Contudo, a vitória do tri-campeão, na Malásia, está envolta em polémica. O alemão desrespeitou as ordens da Red Bull.
Teve início mais uma das maiores provas de automobilismo a nível mundial: a Fórmula 1. Tal como no futebol, a pré-temporada desta modalidade foi marcada por testes e algumas “transferências” entre as principais scuderias. Destaque para a saída do britânico Lewis Hamilton (campeão em 2008) da McLaren para abraçar um novo projecto, a Mercedes AMG. Para o seu lugar entrou um jovem piloto mexicano proveniente da Sauber: Sergio Pérez, de 23 anos.
Uma das maiores novidades para esta temporada prende-se com a introdução de restrições à utilização da DRS (drag reduction system, um sistema que facilita as ultrapassagens na Fórmula 1) nos treinos livres e nas qualificações. A outra tem a ver com os componentes nos pneus Pirelli que, de acordo com o Director da empresa, Paul Hembery, vêm aumentar o desempenho dos bólides. Estas alterações desencadearam algumas reacções díspares no seio das equipas. Sebastian Vettel (Red Bull Racing) mostrava alguma confiança com o rendimento do RB9: «Tivemos alguns problemas, mas não foram assim muito grandes e lidámos bem com eles». Também o director-técnico da Ferrari, Nicolas Tombazis, estava confiante para a nova temporada. «Temos um plano muito bem desenvolvido e temos a certeza que os novos componentes vão trazer resultados positivos». Já Jenson Button (McLaren) era mais pragmático: «Penso que nenhuma equipa compreende o novo quadro competitivo».
Na primeira prova da temporada, na Austrália, Vettel dominou os treinos livres e a qualificação, mas a corrida foi ganha pelo finlandês Kimi Raikkonen (Lotus). Partindo da sétima posição, o antigo piloto de rallies foi cedo às boxes (à nona volta), para trocar de pneus, e a estratégia resultou em cheio. Raikkonen foi sempre somando bons tempos, durante a corrida, até finalmente assumir a liderança à 42ª volta, ficando à frente de Alonso (Ferrari) e Vettel. «Subi algumas posições no início e travei um bom duelo com o Hamilton. Depois disso, foi tudo muito fácil. Arrisco-me a dizer que foi uma das vitórias mais fáceis da minha carreira», declarou o piloto no final. Veja no vídeo – em baixo – o resumo do Grande Prémio da Austrália.
[youtube id=”BO_MSvP1upA” width=”620″ height=”360″]Tal como em Albert Park, Vettel voltou a dominar a qualificação da segunda prova que decorreu este fim-de-semana, na Malásia. Porém, ao contrário da semana passada, o alemão acabou por ser o mais forte e venceu em Sepang, se bem que a sua vitória está envolta em polémica. Debaixo de uma grande tempestade, a luta foi intensa entre a Red Bull Racing e a Mercedes, com a diferença entre os quatro primeiros a cifrar-se nos doze segundos. Só que, ao contrário do que foi feito na equipa alemã (em que se combinou que Lewis Hamilton ficaria à frente de Nico Rosberg), Vettel ignorou as instruções da Red Bull e retirou o triunfo ao seu companheiro Mark Webber.
«Fiz uma grande asneira. Gostava muito de ter uma boa desculpa para aquilo que fiz, mas não tenho. Percebo a frustração do Mark e que a equipa não esteja contente com o que fiz. Devo-lhe uma explicação e à Red Bull e é o que farei. Recebi a ordem e ignorei-a. Estou acostumado a lutar com o Mark sempre que estamos perto um do outro, mas como os pneus estavam e não sabendo quanto iriam durar, arrisquei bastante ao ignorar a ordem para ficar em segundo. Poderíamos ter terminado em oitavo, ou nono depois de destruir os pneus naquelas duas voltas. Coloquei-me acima da decisão da equipa e peço desculpa por isso», declarou Vettel, visivelmente arrependido pelo que fez na corrida. Veja no vídeo – em baixo – o resumo do Grande Prémio da Malásia.
[youtube id=”GqtyeIXtcIs” width=”620″ height=”360″]Para além deste incidente também Lewis Hamilton protagonizou uma engraçada peripécia. O piloto britânico enganou-se, na ida às boxes, e quase que ia parando no espaço referente à McLaren que, curiosamente, foi da sua anterior equipa. Veja o caricato episódio no vídeo – em baixo.
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