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Quem és tu, Brandon Flowers?

Quem é Brandon Flowers? Perguntam-se vocês, e perguntei-me eu quando me desafiaram a escrever sobre este magnífico intérprete que conheço já desde a minha adolescência, mas digamos, não eramos íntimos. Farta de o conhecer, não o conhecia verdadeiramente. Não é que Brandon Flowers é o vocalista da internacionalmente consagrada banda de música rock norte americana (só eu é que achava que era britânica?), The Killers?! “Telma, shame on you”, castiguei-me… Mas já me perdoei, até porque certamente não serei a única a não o tratar pelo nome próprio!  Brandon, amigo, se me estás a ouvir… desculpa lá qualquer coisa! Não quero, de todo, que o homem considerado o mais sexy e mais bem vestido em 2005, e o homem mais estiloso de 2008, fique magoado comigo. Estou, como se diz, a puxar demasiado lustre ao senhor?! Vá lá, quem não tinha um fraquinho pelo Brandon que atire a primeira pedra… Ninguém? Bem me queria parecer!  Mas bem, passando ao que nos traz aqui e à vida e talento deste Senhor (com “S” maiúsculo) da música internacional.

Brandon Flowers, nasce a 21 de junho de 1981 em Nevada. É o irmão mais velho que o influencia musicalmente apresentando-lhe bandas como os The Beatles, The Smiths, The Cure, entre outros. Aos 16 anos vai morar com a tia para Las Vegas. Após ser abandonado pela sua primeira banda, os Blush Response, por este não se querer mudar para Los Angeles, Brandon assiste a um concerto dos Oásis, decide que o que deseja realmente é criar uma verdadeira banda rock e forma os The Killers, juntamente com o guitarrista Dave Keuning. Durante toda a “vida” nos The Killers, a sonoridade da sua voz é inigualável, distinta e única, pelo menos enquanto rockstar, e já explico onde quero chegar com esta conclusão. Uma coisa de cada vez!

Quando me desafiaram a escrever sobre o Brandon Flowers, a primeira coisa que fiz antes de qualquer outro tipo de pesquisa, foi ouvir a sua música. Deparei-me com dois álbuns. Apenas dois álbuns (não se esqueçam que eu não sabia quem ele era). Pensei, “ou o senhor é muito muito bom, ou foi extremamente mediática a sua carreira, ou não sei bem o que direi sobre isto…”

Ouvi, então, o primeiro álbum que encontrei, lançado em 2010, intitulado “Flamingo“. Sinceramente e ainda não sabendo quem era, mesmo que o timbre me fosse extremamente familiar (equacionei nomes como Dominic Scott ou Mika), não percebi o porquê de se destacar este artista. O timbre era fenomenal, mas já não o considerava tão único e a música não se destacava. O álbum “Flamingo” não preencheu de todo os meus requisitos, mas, atenção, é apenas a minha modesta opinião. Perdoe-me aquele que comigo não concordar, mas “Flamingo” pareceu-me apenas mais um álbum de um artista que ainda se estava a descobrir e admito que os pormenores de sonoridade country encontrados ao longo do álbum não me agradam particularmente.

No entanto, após descobrir que devia ter vergonha pela minha falta de noção em relação ao artista que estava a ouvir, surpreendeu-me muito o nível intimista deste álbum. Não estaria à espera que o primeiro álbum a solo do vocalista dos The Killers fosse tão intimista, tão melódico, tão… Ainda assim, esta surpresa não salvou a minha perceção sobre o trabalho e, mesmo com uma música belíssima como a “On the Floor”, guardei o “Flamingo” para uma noite em que precise de música ambiente, enquanto janto com os meus amigos.

Porém e como depois da tempestade vem a bonança, o segundo álbum, “The Desired Effect“, apresenta-nos um Brandon Flowers muito mais seguro e constante, digno de um grande espetáculo em Las Vegas, altamente produzido e recheado de pessoas em palco e no público. A sua voz está poderosíssima, ainda que continue a achar que o seu timbre no Pop não apresenta a unicidade que lhe atribuo no rock, como admiradora dos The Killers que sou. A orquestração, os vocais, a alegria, as melodias, a energia do álbum, torna-o totalmente irresistível. Flowers deixa de lado as sonoridades country e aposta em pormenores sonoros dos anos 80 e 90, épocas que encaixam na perfeição na voz e energia do cantor e compositor. Rob Sheffield da “Rolling Stones” disse que este era provavelmente o melhor álbum Pop composto recentemente por uma estrela rock. E eu tendo a concordar.

Brandon Flowers continua a ser único para mim como vocalista rock, mas nível vocal em Pop não posso dizer o mesmo. Contudo, a verdade é que este homem arrisca como ninguém, ama o que faz, canta “que se farta” e a composição está-lhe nas veias. Isso não podemos negar. Até vos posso estar a parecer bastante leviana a falar sobre este artista de renome, mas apenas porque deixei o melhor para o final.

Querem saber o porquê deste homem ser realmente, mais do que especial, de outro mundo, seja no género que for? Estudem as suas letras… Obrigada, Brandon Flowers, por fazeres tudo tão bem e ainda seres um letrista excecional.

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