Quando és diferente da rebanhada!

Este é mais um daqueles meus artigos fortes e intensos que fazem parte do meu ser.

É verdade que actualmente estou um pouco reservada, mais que o normal, porque me protejo mais do que me rodeia.

É bom ser diferente dos demais, ter espírito crítico e reflexivo na minha vida, e de facto acredito que não há comparações a ninguém que já conheci até hoje.

É verdade que possa empatizar com muita gente, ter uma ou outra característica em comum no percurso de vida com aquela pessoa mas de facto, o meu sentir, viver tipicamente o que vivi e senti, só mesmo eu, por isso porquê me querer comparar? Decerto poderia querer integrar-me em algum lugar ou grupo mas, é já sem esforço que o que faço. Se estiver integrada naquele contexto a um grupo, tanto melhor, se estiver excluída como tantas vezes estou e me sinto, tanto melhor na mesma (porque já é esta a realidade que conheço).

Não tive, nem tenho uma vida comum. Aos 11 anos, após a separação dos meus pais, fiquei a viver com o meu pai. Aos 13 anos, integrei com o meu pai na igreja católica e, aos 15 anos, fui baptizada. Aos 18 anos, fui viver com a minha mãe. Aos 19 anos, comecei a trabalhar e a estudar até aos meus 36 anos de hoje. Aos 25 anos, vivi sozinha durante 7 anos. Aos 35 anos, casei-me com o meu marido que tem mais 19 anos que eu. Aos 35 anos, mudei de carreira. Aos 37 anos, tiro a segunda licenciatura, sendo que a primeira licenciatura conclui aos 32 anos. São alguns dos factos reais e numéricos sobre mim.

É cada vez mais difícil para mim sentir-me integrada e não excluída como me é comum esse sentimento, sensação. E sim, adoro a minha companhia, adoro o que faço no meu quotidiano num todo. Sou tantas vezes mal interpretada porque sou directa, confrontativa, mostro confiança, muita personalidade e tenho audácia e garra de viver.

Eu não me acho mais que ninguém, eu sou diferente como todos e cada qualquer de nós somos. E sim, tive e tenho uma vida incomum que muitas vezes não encaixa nos parâmetros da sociedade e na realidade do que devia ser a realidade do Século XXI, num país da União Europeia.

Sou diferente, mas feliz, apenas não me encaixo na rebanhada e não me vejo no trabalho de escritório das 9h às 18h, porque já experimentei e não me encheu as medidas. Sou capaz de dizer não em tantas situações e momentos. Sou capaz de me amar, e de me encaixar lealmente ao que me define: firme, audaz, dinâmica, empreendedora, decisiva.

Amo quem sou, e amo ser diferente da rebanhada!

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