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Preparados para o caos

“O clima de negócios, ao que parece, é muito parecido com o clima meteorológico”, diz o editor da revista americana Fast Company, Robert Safian. Perante este ritmo de mudança que se torna cada vez mais acelerado, ainda há quem tenha as características que permitem o sucesso?

“Desde a ascensão do Facebook, à queda da Blockbuster, desde o rebaixamento da divida do governo dos EUA, ao ressurgimento do Brasil, prever o que vai acontecer a seguir ficou exponencialmente mais difícil”, afirma Robert Safian. A velocidade da mudança atingiu níveis sem precedentes: as empresas com um negócio baseado na Internet crescem e passam a dominar o mercado rapidamente, a educação online faz-nos repensar os modos de aprendizagem e os media vêem-se redefinidos.

Num mundo em constante mudança, Robert Safian delineou o perfil daqueles que sabem conviver com as trovoadas mais inesperadas do mundo dos negócios, aqueles que pertencem à Geração Flux. Numa reportagem da Fast Company, em Fevereiro de 2012, explicou como o caos se tornou numa característica dos negócios modernos e descreveu as pessoas com as capacidades necessárias para prosperar neste ambiente. “A Geração Flux é um termo que eu inventei há alguns meses, numa reportagem de capa da Fast Company, onde expliquei como a velocidade vertiginosa de mudança na nossa economia fez do caos a característica definidora dos negócios modernos”, explica Robert Safian.

A Geração Flux, termo cunhado por este jornalista, descreve aqueles que irão prosperar melhor perante um novo paradigma de negócios, em que o caos reina como rei e senhor. Trata-se de uma definição psicográfica e não demográfica, sendo estas pessoas caracterizadas por uma grande adaptabilidade e flexibilidade, com abertura para aprender e determinação, mas conscientes de que a vida empresarial de hoje pode mudar radicalmente a cada três meses, ou menos. O caos não se pode prevenir, apenas responder, e os membros da Geração Flux têm a capacidade para adquirir as novas competências necessárias para dar as respostas que são precisas.

Genericamente, associado à confusão e à desordem, o caos surge, agora, como a palavra-chave no mundo dos negócios. Também nesta realidade se tornou possível aplicar a Teoria do Caos, considerando a impossibilidade de fazer previsões, que não sejam a curto prazo. Actualmente, as organizações estão sujeitas a distúrbios externos e internos, imprevisíveis e incontroláveis, operam sob condições de risco e incerteza e com informação incompleta e limitada. Assim, surge mais um sistema, onde os resultados podem ser instáveis, e a necessidade de uma nova abordagem para prosperar, segundo o editor da Fast Company.

A vida de Patil é um reflexo desta instável realidade. Com 39 anos, “é agora um especialista na teoria do caos, entre outras disciplinas matemáticas”, afirma Robert Safian. Depois de ser pesquisador sobre padrões climáticos na Universidade de Maryland, aplicou os seus conhecimentos em ciência computacional para ajudar o Departamento de Defesa norte-americano, trabalhou para o eBay  nas áreas de segurança web e de fraude de pagamento e foi cientista-chefe no LinkedIn, antes de se juntar à empresa Greylock Partners. Segundo o editor da Fast Company, “ele é um tecnólogo e um empresário, um professor e um diplomata. Ele é e não é nenhuma destas coisas e é todas ao mesmo tempo e quem sabe o que ele vai ser, ou fazer a seguir. Certamente nem ele. ‘Isso não me incomoda’, diz [Patil]. ‘Eu vou encontrar alguma coisa’.”

Os membros da Geração Flux, tal como Patil, caracterizam-se por abraçar o imprevisível, toleram, e até gostam, de mudanças de carreiras e de novos modelos de negócios. Eles podem ser de qualquer idade e trabalhar em qualquer lugar. O que define esta geração é a sua total capacidade de ser totalmente moldada pela instabilidade, não se trata de mudar de emprego constantemente, mas de não aceitar o status quo e de acreditar que há sempre o que melhorar.

 “As nossas instituições estão desactualizadas, a longa carreira está morta, qualquer busca de regras sólidas é inútil, uma vez que estamos constantemente a repensá-las (…). Qualquer coisa estabelecida é vulnerável”, diz Robert Safian. Perante esta situação o caos está permanentemente no nosso caminho, o que pode parecer desagradável. No entanto, segundo o jornalista, este é também o momento para uma explosão de oportunidades para aqueles que estiverem dispostos a abraçar a mudança.

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