Depois de nos contagiarem com um Ritmo Perfeito, em 2014, as Bellas voltaram e desta vez com um toque internacional! Após 3 anos nas luzes da ribalta, o grupo feminino de acapela da universidade de Barden vê-se afastado do panorama nacional de competições de coros, mas mantêm ainda a esperança de reconquistarem o sucesso no Campeonato do Mundo de Acapela.
Num formato mais amadurecido, Pitch Perfect 2 volta com o mesmo ritmo, mas com melhores mashups, mais dança e mais grupos acapela, que vêm apimentar a competição, durante o filme. O que não poderia faltar são também as já típicas piadas de estereótipo, que já em Pitch Perfect adquiriam um papel de destaque, arrancando umas boas gargalhadas do público. Normalmente, dir-se-ia que gozar com uma pessoa pela sua orientação sexual, nacionalidade, ou aspecto físico é discriminatório, mas, quando temos uma personagem que se auto-intitula de Fat Amy, podemos assumir que a barreira da discriminação já foi quebrada. Quando as coisas são feitas e ditas com respeito e bom senso, porque não tirar partido delas?
Quem viu Pitch Perfect, lembrar-se-á perfeitamente do papel central que a personagem Becka assume durante o filme. E se estão à espera de mais Anna Kendrick neste filme, podem tirar o cavalinho da chuva: apesar de continuar numa nuance de personagem principal, Becka perde o seu lugar no centro da acção, sendo substituída pela dinâmica do grupo entre si e também pela dinâmica intergrupal. As Bellas “ganham”, em Pitch Perfect 2, um inimigo: o aclamado grupo alemão Das Sound Machine entra em cena e sim, mais uma vez os estereótipos estão em alta, pois mais alemães eles não poderiam ser! Estes confrontos dotam o filme de uma dinâmica diferente e são certamente uma boa surpresa.
O musical não um género de filmes que agrade a todos. Até me atrevo a dizer que não agrada a muitos. Porém, diferente de outros filmes do género, Pitch Perfect (1 e 2) junta a quantidade certa de humor com a quantidade certa de música, para um resultado final que agradará não só aos apreciadores de musicais, mas também àqueles que dizem que na vida real as pessoas não começam a cantar espontaneamente na rua. Atrevo-me até a dizer: um resultado Acafantástico (e não, não estou a inventar palavras)!