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Para sempre na memória!

Portugal já está sujeito à concorrência de países de fora da Europa. Os chineses estão a entrar por aí adentro, os indianos a entrar por aí adentro e os países de Leste a fazer concorrência a Portugal. E minhas senhoras e meus senhores. Está a fazer-me sinal porquê? Estão chineses aqui, é? É mesmo bom para eles ouvirem

Alberto João Jardim

Polémico e explosivo. Estas são algumas das qualidades que definem o Presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, e o tornam uma das figuras mais caricatas e conhecidas do povo português. O seu discurso, muitas vezes, ofensivo e despropositado já foi destaque em inúmeros órgãos de comunicação e as suas célebres frases, em que pelo meio solta alguns impropérios, são um sucesso em plataformas digitais como o YouTube. Rude, ou não, a verdade é que João Jardim já é uma figura incontornável da cena política lusa, memorável para todos os cidadãos.

Outrora o carisma, a capacidade de liderança, a concepção visionária e a capacidade discursiva fizeram de políticos, como Abraham Lincoln, John F. Kennedy, ou os mentores da revolução francesa de 1789, personalidades carismáticas que moviam multidões e nações inteiras em torno de um homem, porém, agora a polémica, ou as gaffes políticas parecem ser os factores que tornam um político eterno na memória de um povo e não apenas mais um que passou pelo poder.

560922-121108-barack-obama Contudo, se algumas figuras se tornaram memoráveis pelos seus discursos polémicos, ou gaffes, como o caso do ex-presidente dos Estados Unidos da América, George W. Bush, para alguns o carisma aliado às grandes campanhas de marketing por detrás da máquina política fazem desses políticos candidatos memoráveis. Barack Obama é, actualmente, um grande exemplo do papel do marketing político conjugado com uma figura carismática. A campanha eleitoral de 2008, para eleger Barack Obama como o primeiro presidente afro-americano dos EUA, explorou de maneira inteligente e assertiva o marketing político. De modo a tornar-se o primeiro afro-americano a ser eleito para um dos cargos mais poderosos do mundo, Barack Obama rodeou-se de uma máquina publicitária que evidenciou as qualidades inatas do candidato, fazendo do mesmo uma das pessoas mais influentes e poderosas do mundo, que conquistou não só o povo americano, como uma Europa fascinada pelas ideias de Obama.

Embora as estratégias de comunicação desempenhem, hoje em dia, um papel determinante a “a arte de conquistar, manter e exercer o poder, o governo“, segundo Maquiavel, em O Príncipe, continua associada ao carisma da figura política. A capacidade de sedução e encanto que o povo reconhece em cada actor político é aquilo que os imortaliza na memória e na história.

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