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Os meios de comunicação ainda têm o mesmo poder?

Que efeitos têm os mass media na sociedade? Será que os meios de comunicação disparam as suas mensagens e estas têm efeitos imediatos sobre uma massa moldável que as recebe passivamente e é influenciada uniformemente?

O impacto dos mass media na sociedade e na formação da opinião pública sempre foi reconhecido. E mereceu a atenção por parte dos investigadores sobretudo no período das duas grandes guerras mundiais. Surgiram várias teorias na tentativa de explicar os efeitos produzidos sob as pessoas que estão conectadas a estes meios de comunicação. A Teoria Hipodérmica ou Teoria das balas mágicas, o paradigma de Harold Lasswell, a Teoria dos efeitos limitados, são algumas teorias que tentaram explicar a forma como as mensagens, noticias, publicidade, disparadas por estes meios de comunicação atuavam sobre o ser humano. E, que consequências tinham sobre o seu comportamento.

Não há dúvidas (creio que nunca houve) que os meios de comunicação de massa(rádio, jornais, televisão e canais digitais) num estado de direito são detentores de poder. Uma vez que concentram informações, que são recebidas pelas pessoas que estão conectadas com eles. E influenciam a opinião publica e privada, sobre os mais variados temas essenciais à sociedade: política, saúde, educação, justiça…

Nunca no mundo, o ser humano teve contacto com tantos canais de comunicação. Nunca estivemos tão rodeados de informação. E, nunca foi tão fácil ter acesso a ela. Nunca tivemos tantos “líderes de opinião” quer nos canais de comunicação clássicos, quer nos digitais, manifestam os seus pontos de vista sobre assuntos da atualidade.

No entanto, por mais que os mass media e os “líderes de opinião” que comentam semanalmente nos seus programas, têm assim tanto poder? Será que conseguem alterar certas realidades?  E, atuar sob a nossa mente e alterar e/ou moldar a nossa visão das coisas?

Todos nós, ao longo da vida tivemos, ou ainda temos os “líderes de opinião”, que por diferentes motivos e por diversas variáveis nos influenciaram ou continuam a fazê-lo. Professores, que tivemos ao longo do nosso percurso académico, amigos e/ou familiares que fazem parte do nosso círculo social, colegas de trabalho… Com os canais de informação não é diferente. Todos nós, damos preferência à leitura de um determinado jornal, vemos determinado canal, programa, etc., porque nos identificamos mais com os conteúdos, ou porque nos passa mais credibilidade e mais veracidade na informação que nos transmite. O mesmo acontece, com “os líderes de opinião” que comentam semanalmente em diversos canais e programas.

Na maioria das vezes, gostamos de ouvir os seus pontos de vista. Muitas vezes, porque são sobre assuntos que despertam o nosso interesse. Contudo, sobretudo, porque estas entidades de comunicação, nos transmitem a ideia de que estas pessoas são altamente especializadas em determinado assunto. E, isso, de certa forma, nos inspira credibilidade na sua comunicação e argumentação. E, com base nesta premissa não só moldamos a nossa visão e/ou opinião. Bem como, muitas vezes mudamos radicalmente aquilo que pensamos, com base naquilo que nos transmitem. Todavia, também acontece que até nos identificamos com o/a “especialista”, mas discordamos totalmente.

Por mais que pensemos que os meios de comunicação nos dias que correm exercem influencia directa e imediata sobre a sociedade, isso não corresponde de todo à verdade. Existem sobretudo, costumes e tradições que serão sempre soberanas. Um exemplo disso, os media podem insistir, na ideia de que roubar ou mentir é um acto legitimo e moral. No entanto, não roubar e não mentir não é apenas uma tradição extremamente enraizada. É um princípio que consta em todas as leis religiosas e civis desde que o mundo é mundo.

Por fim, também vivemos atualmente uma época de “obesidade mental”. Que é causada pelo excesso de informação e conteúdo que expomos ao nosso cérebro por determinado período. Quanto mais informações consumimos através das redes sociais, de livros, de notícias, de cursos, mais o nosso cérebro fica sobrecarregado e se torna “obeso”.  Contudo, o facto, é que também o ser humano, nunca esteve tão informado e tanta informação com várias perspectivas diferentes sobre um mesmo determinado assunto. 

Nota: Este artigo foi escrito seguindo as regras do Antigo Acordo Ortográfico.

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