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Ora bombardeias tu, ora bombardeio eu

Depois de a ex-União Soviética ter sido expulsa do Afeganistão pelos Talibans (então apoiados pelos Estados Unidos da América), a Rússia volta a atacar num país do Médio Oriente. E mais uma vez o país de Barack Obama encontra-se contra. Andrei Kartapolov general das forças armadas russas diz que o país vai continuar e aumentar os ataques aéreos na Síria, contra posições do Estado Islâmico. A força aérea russa já realizou mais de 50 ataques em apenas 72 horas. O Reino Unido e os EUA defendem que apenas 5% dos ataques atinjam posições do Estado Islâmico e que a maioria das vítimas são civis ou membros das forças de oposição ao governo de Al-Assad.

As agências noticiosas russas apontam para que 600 combatentes possam ter fugido e pretendam alcançar a Europa.

A Síria encontra-se em guerra civil há quatro anos. Este é o país que mais refugiados oferece a esta “onda” que aAR_bombardeamentosrussos_2 Europa está a viver. Só que perante a xenofobia vivida em alguns países, muitos cidadãos sírios escondem o seu sotaque fazendo-se passar por cidadãos do Magreb.

Tudo começou com o movimento “Primavera Árabe”, que derrubou regimes na Tunísia e (mais tarde) no Egipto. Estes países encontram-se numa fase “estável” da sua transição democrática, ao contrário do país liderado por Bashar Al-Assad.

Os ataques aéreos da Rússia a alvos do Estado Islâmico iniciaram-se na quarta-feira (dia 30 de Setembro). Os ataques foram aprovados pela Duma (o parlamento Russo).

A Rússia não prevê realizar ataques no Iraque. Numa conferência de imprensa à margem da Assembleia-Geral da ONU, o ministro dos negócios estrangeiros, Serguei Lavrov declarou que não prevê estender o raio de bombardeamentos a outros países. O ministro garante que os bombardeamentos apenas atingiram alvos do Estado Islâmico mas a BBC diz que os caças russos atingiram campos de treino de grupos apoiados pelos Estados Unidos da América. O presidente da oposição democrática, no exílio, acusa o governo moscovita de ter morto 36 civis que não faziam parte de nenhum grupo Jihadista. Já o ministro dos negócios estrangeiros da Síria considera inútil os bombardeamentos aéreos sem coordenação com o governo de Damasco.

Al-Moualem considera que o terrorismo não deve ser combatido apenas pelo ar.

A rede síria dos Direitos Humanos acusa as forças do governo de matarem mais pessoas que o Estado Islâmico ou a oposição.

A Rússia não é o primeiro país a bombardear o Estado Islâmico mas é, seguramente, aquele que levantou maisAR_bombardeamentosrussos_1 celeuma. No terreno, o auto-proclamado califado é combatido pelas forças (ainda) afectas ao regime sírio e pela guerrilha curda (a Turquia vê os membros do PKK, no Curdistão, como uma força terrorista).

O país de Vladimir Putin é o único que apoia abertamente o regime de Bashar Al-Assad. No discurso que realizou na sede das Nações Unidas demonstrou isso mesmo defendendo que Al-Assad devia ser usado como parte da solução para combater o Estado Islâmico e não como parte do problema.

60% da Síria é controlada por grupos rebeldes. Apenas o litoral do país é que continua sobre o poder do governo central.

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