Neste novo filme da Disney, temos uma fantástica jornada na descoberta de magia, que era algo muito comum noutros tempos. Dois irmãos elfos, procuram arranjar uma forma de conseguir reviver o pai, durante apenas um dia. Mas o que parecia uma caminho fácil, torna-se bastante complicado e fortes emoções envolvem os irmãos, mas também toda a comunidade. Baseada na própria história de vida do realizador e argumentista Dan Scanlon, temos uma animação emocionante, divertida e mágica, mesmo ao estilo da Disney. Este foi um dos poucos filmes que foram lançados este ano, em tempo de pandemia.
“‘Bora Lá” ou em título original “Onward” foi lançado mesmo com o propósito de nos fazer acreditar em melhores dias. Com uma história familiar e muito emotiva seguimos a jornada de dois irmãos Ian (Tom Holland) e Barley (Chris Pratt) que são muito diferentes um do outro, mas que vão partir juntos com um objectivo voltar a reviver o pai durante um dia. Mesmo quando já ninguém acredita em magia naquele tempo. A primeira fase do feitiço correu bem, mas só conseguiram fazer aparecer as pernas do pai e, por isso, vão tentar por tudo conseguir o restante corpo.
Ian não tem memórias do pai, pois era bebé quando faleceu, e por isso segue a sua esperança em conhecer o progenitor, por se achar muito parecido consigo. A única referência que tem é uma cassete com a sua voz e fotografias. Já Barley, como irmão mais velho, agarra-se às suas escassas memórias. Durante esta aventura de descoberta, ambos vão testar os seus limites de irmandade e ficarem a conhecer-se um pouco melhor. Porque, apesar de viverem juntos, a personalidade distinta de ambos acaba por afectar a sua relação.
A Disney volta a aquecer-nos o coração com mais um dos seus filmes. Baseada em factos verídicos da vida do realizador Dan Scanlon, temos uma história inspiradora e muito aconchegante. Os atores Tom Holland e Chris Pratt são os protagonistas e ambos já trabalhavam juntos nos filmes da Marvel, em “Vingadores“, com as personagens Homem-Aranha e Star-Lord. Por isso, a química entre ambos consegue convencer como irmãos.
Os efeitos visuais é o que mais compensa neste filme que apresenta uma animação fantástica. Além disso, utilizando o componente de magia, cria cenários mais vistosos. O argumento também se torna original e surpreendente, pois utilizam todos os elementos da história, sem se tornarem previsíveis. A experiência de acreditar e aproveitar o tempo que a vida nos dá ao lado de quem mais gostamos.
“Onward” junta a fantasia à realidade e, apesar de a magia facilitar em muitos aspectos, nada se consegue sem esforço e dedicação. Uma narrativa emotiva e corajosa, com um resultado de um filme surpreendente e que superou as expectativas. Acho que este filme foi um pouco ofuscado por esta situação mundial que estamos a atravessar, mas foi um filme que soube mesmo bem conhecer, pois apresenta uma cinematografia única e muito positiva.