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O trabalho em 2013

Emprego, trabalho e estágio são as palavras da ordem do dia que têm, em jornais, rádios, canais televisivos, cafés, casas, ruas marcado a atualidade e a vida dos mais de 10 milhões de portugueses.

Nos tempos que correm, quais são as caraterísticas dos trabalhos? São bem pagos, ou mal pagos? Muitas horas de trabalho? Contratos renováveis, ou estágios? Como se pode caracterizar o trabalho em 2013?

As exigências são mais que muitas e as horas de trabalho prolongam-se. Para denunciar propostas ‘vergonhosas’ de emprego foi criada a plataforma “Ganhem Vergonha”. O objectivo é fazer com que exista uma regulamentação efetiva das ofertas de emprego e evitar o que já começa a ser uma prática comum – “oferece-se subsídio de alimentação e despesas de deslocação para um estágio não remunerado de 6 meses”. Os cargos têm sido mascarados daquilo que outrora apenas fazia parte do plano curricular de um curso – os afamados estágios. São pedidas altas qualificações, os requisitos mínimos aproximam-se de uma lista de compras de supermercado. Uma lista que, cumprida, pagamos pelo que levamos. Os requisitos, se cumpridos, apenas permitem ao empregado receber as despesas de deslocação e o subsídio de alimentação.

As denúncias vão aumentando e a adesão vai sendo cada vez maior. É o exemplo de Alexandre, estudante finalista do curso de fotografia, que estagiou no Jornal HardMusica, e denunciou não só a estrutura interna da redação, como os recursos humanos existentes e ainda a forma como os trabalhadores são tratados.

“Como me tinha comprometido a fazer os eventos dessa semana decidi honrar a minha palavra e ficar durante esse período, mesmo sabendo que depois não iria continuar. No entanto, informei o jornal que não poderia fazer um evento que me estava destinado para Quarta-Feira (salvo erro), pois tinha uma sessão fotográfica de âmbito académico à qual não podia faltar. A resposta, no dia seguinte, foi simples: “a sua colaboração com o jornal terminou”. Diga-se apenas que fiquei agradecido.”

Trabalho 2013

As denúncias vão desde o impossível ao inimaginável como procurar licenciados ou mestres para cumprir um estágio de seis meses com possibilidade (remota) de depois fazer contratação. O caricato até se vê quando existem pessoas já com experiência a trabalhar por menos do ordenado mínimo, porque se essa pessoa não quiser lá trabalhar, outro, pelo mesmo valor, quererá.

É este o lema que se vive hoje em dia num país onde o modo de aproveitamento dos recursos humanos é indecoroso. Não pretendem um funcionário com quem se partilhe conhecimentos, a quem seja veiculada formação, pretendem antes uma forma de garantir mão-de-obra gratuita, mas formada.

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