Tinham-no alguns como uma figura mítica, com capacidades além das óbvias. Tinham-no, outros, como o tonto, de diminuídas capacidades, pobrezinho. O sábio e o tonto. O mesmo homem, duas roupas distintas. Engraçado isto do mesmo temperamento dar para ser coisas destas: o cú e as calças.
Achou sempre os elogios miseráveis. Os elogios e os que não o fossem. Duvidava de tudo o que lhe dizia o Homem. Elogios não são, em bom rigor, verdade. Nem os maldizentes são, em bom rigor, verdadeiros. O que nos salvará destes engodos de oratória é a reflexão esmiuçada de nossos passos, de nossas vidas vividas e imaginadas, de nossas palavras ditas e caladas.
E Homem que tudo isto analise – e tudo isto puxe à memória – é Homem sofrido, mas de engodo protegido. Que em nada a vaidade o molda nem a amargura o quebra. Homem que se pense é Homem que dá passou-bem a si mesmo, cortês, elegante, depois de encenado fight club, todos os dias de sua vida e diz: gosto em conhecê-lo – ainda que não saibamos se será um gosto esta descoberta de hoje.
Não clama pensador seus feitos, mas reconhece-os como existentes. E tudo segue no seu devido curso.